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    Investimento em queda contribui para PIB fraco do governo Dilma

    ÉRICA FRAGA
    DE SÃO PAULO

    29/11/2014 02h00

    Os investimentos produtivos contribuíram de forma negativa para o desempenho da economia no governo de Dilma Rousseff.

    Entre o início de 2011 e o terceiro trimestre deste ano, os investimentos subtraíram R$ 4,3 de cada R$ 100 de riquezas geradas no país.

    Isso ocorreu porque, apesar da modesta recuperação entre julho e setembro de 2014, os investimentos contraíram-se 4,8% desde o começo da gestão atual. Os cálculos foram feitos por Sérgio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados.

    A tendência de dependência do consumo das famílias para a expansão da economia ocorrida durante a era Lula se acentuou marcadamente nos últimos anos.

    Entre 2003 e 2010, o aumento dos gastos dos consumidores foi responsável por 75% do crescimento. Mas os investimentos também tiveram papel relevante para a expansão econômica do período, respondendo por 37%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O grande vilão do crescimento no governo Lula foi o setor externo, que teve contribuição fortemente negativa em razão do aumento mais elevado das importações em relação ao das exportações no período.

    No governo Dilma, o setor externo continuou "comendo" parte do crescimento da economia, embora em menor intensidade, e a contribuição dos investimentos passou a ser negativa.

    Esse modelo reduz a capacidade de crescimento da economia no futuro, que depende da ampliação dos investimentos produtivos –como ampliação de fábricas e a aquisição de equipamentos e máquinas.

    Segundo cálculos de Vale, a capacidade que a economia brasileira tem hoje de crescer de forma sustentada é de apenas 1,7%. Taxas de expansão superiores a esse nível tendem a gerar mais pressões sobre a inflação.

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