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    Montadora russa elogia Brasil, mas indica investimento na Argentina

    ÁLVARO FAGUNDES
    ENVIADO ESPECIAL A NABEREZHNYE CHELNY

    05/12/2014 13h47

    O diretor-geral da montadora russa Kamaz, Sergey Kogogin, fez uma série de elogios ao mercado brasileiro, mas indicou que a Argentina deve ser o próximo passo na América do Sul para a fabricante de caminhões.

    Segundo o executivo, os especialistas da empresa consideram que o Brasil, especialmente, São Paulo é a melhor base logística para a montadora se estabelecer na América do Sul. Ele elogiou ainda o tamanho do mercado nacional e a política do governo Dilma Rousseff de "saber defender, dentro da Organização Mundial do Comércio [OMC], o mercado nacional".

    Porém, afirma Kogogin, "no Brasil seremos um entre muitos. Na Argentina seremos especiais".

    Andrey Rudakov/Bloomberg
    Caminhões em pátio da unidade da montadora russa Kamaz em Naberezhnye Chelny
    Caminhões em pátio da unidade da montadora russa Kamaz em Naberezhnye Chelny

    As negociações entre a montadora –que tem uma joint venture (parceria) na Rússia com a brasileira Marcopolo para fabricação de ônibus– e o governo argentino duram alguns meses. A ministra argentina da Indústria, Débora Giorgi, esteve visitando o país em setembro para atrair investimentos russos, inclusive da Kamaz.

    Agora, segundo Kogogin –que estará na Argentina em janeiro para acompanhar o rali Dacar (que, apesar de levar o nome da capital do Senegal, tem acontecido na América do Sul desde 2009)–, o fechamento do negócio depende de acordo com um parceiro que assuma 50% do risco do investimento na Argentina.

    Ele não disse, no entanto, quais empresas poderiam estar interessadas na parceria com a Kamaz, empresa que faz parte do conglomerado estatal russo Rostec e que conta entre seus acionistas a alemã Daimler.

    Em abril do ano passado, o governo do Piauí disse que o Estado era a principal opção para a companhia russa instalar sua unidade industrial brasileira. A declaração foi feita após visita de Wilson Martins, então governador do Piauí, a diretores da empresa em Moscou.

    O jornalista viajou a convite da Rostec

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