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    Investimentos do PAC somam R$ 796 bi, ou 99,7% do gasto previsto

    DIMMI AMORA
    JULIA BORBA
    DE BRASÍLIA

    11/12/2014 11h50 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Até o fim deste ano, o governo conseguirá concluir R$ 796 bilhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O valor corresponde a 99,7% do que deveria ser gasto nas obras com conclusão em 2014.

    Algumas obras previstas pelo programa, porém, só ficarão prontas após esse prazo. Entre elas, por exemplo, está a Usina de Belo Monte, terceira maior usina hidrelétrica em construção no mundo. Após conclusão das obras, será a terceira maior do mundo.

    De 2011 ao fim de 2014, o valor total dos gastos do PAC deverá alcançar R$ 1,1 trilhão. O número considera também valores gastos com obras que não ficarão prontas.

    Lalo de Almeida - 6.dez.2014/Folhapress
    Vista aérea da obra da barragem principal da hidroelétrica de Belo Monte, no rio Xingu
    Vista aérea da obra da barragem principal da hidroelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, em dezembro

    Para chegar ao número de investimentos em obras concluídas, o governo considera como algumas que sequer começaram. Entre elas estão as concessões rodoviárias, feitas no fim do ano passado.

    O balanço aponta que esses projetos estão concluídos, mas, como trata-se de uma concessão, as obras de duplicação das vias serão feitas ao longo de cinco anos. A maioria sequer começou.

    O balanço ainda volta a incluir na categoria "em andamento adequado" obras que estão muito atrasadas, como é o caso da Ferrovia Norte-Sul, que deveria ter seu trecho entre Goiás e São Paulo pronto em 2012 e só estará concluído em 2015 ou 2016.

    HABITAÇÃO

    O número do PAC alcança valores próximos aos previstos para investimentos entre 2011 e 2014 porque são estimulado pelos financiamentos de casa própria. Do valor total investido no período (R$ 1,1 trilhão), R$ 341 bilhões foram gastos em financiamentos habitacionais.

    Em programas responsabilidade do governo, como obras de saneamento, creches e contenção de encostas, o governo vai terminar os 4 anos do PAC 2 sem alcançar mais do que 60% da execução dessas obras.

    Para forçar um melhor resultado desses números, o governo divulgou indicadores de andamento das obras identificados até o dia 5 de dezembro. Em geral, os balanços do governo apresentam resultados do último trimestre.

    REPRESENTANTES

    Diferentemente de edições anteriores, nenhum representante do Ministério da Fazenda compareceu ao evento de balanço do PAC, realizado nesta quinta-feira (11).

    A pasta vive uma situação delicada, uma vez que o atual ministro, Guido Mantega, já foi substituído, mas ainda não deixou o governo.

    O futuro ocupante do posto, Joaquim Levy, já despacha em Brasília, no Palácio do Planalto, mas temporariamente ocupa posto de assessor especial do gabinete da presidente Dilma Rousseff.

    A ministra Miriam Belchior (Planejamento) também enfrenta situação semelhante. Nelson Barbosa, seu substituto, também despacha do Palácio do Planalto como assessor.

    A ministra, porém, ocupou a mesa principal durante o evento e liderou as apresentações.

    EVENTO

    Responsável pelas divulgações do PAC desde o início do programa, Miriam iniciou a exposição dizendo que esta é a 22ª edição de divulgação dos resultados e que poucos são os ministros que, como ela, estão à frente deste processo desde o início.

    Em geral, esses eventos são iniciados com uma breve introdução –feita pelo ministro da Fazenda–, com dados gerais sobre a situação econômica no Brasil e no mundo.

    Miriam Belchior aproveitou o evento para defender a importância do programa. Segundo ela, "o PAC protege o Brasil dos efeitos da crise internacional e contribuiu para que o país alcançasse menor índice de desemprego".

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