A 47ª Cúpula do Mercosul começou nesta quarta-feira na cidade argentina de Paraná (a 500 km de Buenos Aires) com a presença dos presidentes de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, países que integram o bloco, e da Bolívia, como Estado em processo de adesão.

No encontro, que foi aberto com um atraso de mais de duas horas, estão presentes a anfitriã, a presidente argentina, Cristina Kirchner, e os líderes de Brasil, Dilma Rousseff, Paraguai, Horacio Cartes, Venezuela, Nicolás Maduro, Uruguai, José Mujica, e da Bolívia, Evo Morales.

A Cúpula do Paraná analisará temas comerciais, o processo para a integração plena ao grupo da Bolívia e aspectos de especial interesse para algum de seus membros, como o litígio da Argentina com os fundos especulativos nos Estados Unidos.

EUA E CUBA

Não se descarta que os presidentes se pronunciem sobre a decisão dos Estados Unidos de retomar o diálogo com Cuba, após a libertação do empresário americano Alan Gross em troca de três integrantes do grupo conhecido como Cinco Cubanos.

Além disso, os presidentes abordarão outros acordos internacionais negociados pelo bloco, especialmente o tratado de livre-comércio com a União Europeia.

MALVINAS

Fontes diplomáticas consultadas indicaram que também podem ser aprovados documentos de apoio do bloco à Argentina por sua reivindicação contra a exploração petrolífera nas Malvinas, arquipélago sob dominação britânica e cuja soberania é contestada por Buenos Aires.

No marco da reunião de chanceleres do bloco, prévia à reunião presidencial, nesta terça-feira (16), o Mercosul assinou dois documentos de cooperação econômica com o Líbano e Tunísia para negociar um acordo para um maior acesso mútuo a mercados.

A Argentina repassará ao Brasil, durante o encontro nesta quarta-feira (17), a presidência temporária do Mercosul para o próximo semestre.