A economia chinesa foi no ano passado 3,4% maior do que mostrava a estatística oficial inicial, segundo revisão feita pelo governo. A diferença, de US$ 308 bilhões, é equivalente ao PIB da Malásia, o 35º maior do mundo.

Mas os novos números fazem pouco para diminuir as dúvidas sobre a confiabilidade dos dados oficiais chineses, já que o IBGE local não adotou um sistema de contas nacionais que tem o aval da ONU desde 2008 e já foi adotado por países como EUA Coreia do Sul e pelos membros da União Europeia.

Por essa metodologia apoiada pela ONU, muito provavelmente o tamanho da economia chinesa seria ainda maior já que a pesquisa tem uma medição mais ampla: inclui, por exemplo, atividades intangíveis.

Um outro método de análise do PIB, por paridade do poder de compra (medida que elimina as diferenças de custo de vida entre países), identifica que a China já é a maior economia global, superando os EUA –que tem o maior PIB nominal.

O número de paridade mostrando o poderio chinês foi contestado por Pequim. De acordo com analistas, o governo não gostaria que o país fosse visto como rico.

Em termos de renda per capita, a China permanece um país pobre (não está nem entre as 50 maiores do mundo), logo o governo não quer assumir certas obrigações no cenário internacional.