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    Analistas divergem sobre estratégia para fazer câmbio

    TAÍS HIRATA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    22/12/2014 02h00

    Comprar dólar agora ou esperar? Usar dinheiro vivo ou cartão? Quem planeja viajar para o exterior em 2015 deve contar com uma preocupação extra: a oscilação do dólar.

    A insegurança dos turistas tem fundamento. Nem mesmo economistas têm respostas certeiras diante do avanço do preço do dólar nas últimas semanas em meio a um cenário de alta volatilidade.

    "A melhor opção é comprar agora", afirma o economista e presidente da NGO Corretora, Sidnei Nehme. "O dólar deve fechar o ano em R$ 2,60, mas com uma tendência de elevação", diz.

    O economista da Guide Investimentos Ignacio Rey compartilha a expectativa de alta. Mesmo quem tem viagem planejada só para as férias de julho "deve comprar o quanto antes", afirma.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Outros especialistas recomendam comprar a moeda periodicamente. "Dessa forma, você não pega nem a melhor nem a pior taxa, mas garante uma média", diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.

    Ficar atento a quedas do dólar é a recomendação do gerente sênior da mesa de câmbio da Western Union, Fabiano Rufato, que também recomenda comprar a moeda pouco a pouco.

    No entanto, Bergallo faz uma ressalva: a hora certa para a compara deve ser definida pela situação financeira do comprador. "Para comprar dólares, você precisa ter reais em mãos. Se precisar ter um custo, como vender um carro ou resgatar dinheiro da Bolsa, talvez não valha a pena."

    MOEDA ou CARTÃO?

    Na hora de decidir entre papel-moeda, cartão de débito ou crédito, Bergallo acredita que não há uma só conclusão: é preciso analisar o perfil do turista.

    O papel-moeda é apontado como opção mais barata, com IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 0,38%, ante 6,38% em cartões de débito ou crédito.

    No entanto, há maior risco de perda ou furto, além da necessidade de ter dinheiro em mãos para efetuar a compra.

    Editoria de arte/Folhapress

    "Para o turista que não tem recursos agora, mas sabe que no mês que vem vai ter, o cartão de crédito é vantajoso", afirma Bergallo.

    O cartão pré-pago, cuja taxa de IOF é igual à do cartão de crédito, tem o benefício de travar o custo da viagem, blindando o turista contra variações cambiais. "Ele une a vantagem da mobilidade e da segurança", afirma Rufato.

    No entanto, ele defende uma alternativa mista, combinando a vantagem financeira do dinheiro vivo e a segurança do cartão de débito.

    Folhainvest

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