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    Construtoras devem R$ 27 milhões a fornecedores

    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO

    26/12/2014 02h00

    A dívida de empreiteiras cujos contratos foram revisados ou tiveram aditivos bloqueados pela Petrobras chegou em dezembro a R$ 27 milhões com fornecedores de máquinas e equipamentos.

    Segundo levantamento da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas), ao qual a Folha teve acesso, há 28 casos de empresas ou consórcios em dívida com fornecedores –em alguns casos, o atraso chega a mil dias.

    O balanço foi apresentado em reunião do conselho, em 9 de dezembro, a empresários e entidades de classe. Segundo um diretor executivo de uma empresa de equipamentos presente, que pediu anonimato, dois terços do tempo do encontro foi dedicado a queixas sobre dívidas.

    A Abimaq não quis comentar o relatório, mas confirmou sua origem. A associação diz que a maioria de seus membros não responde ao levantamento -portanto, o valor pode estar subestimado.

    Outro executivo, de uma empresa de caldeiras, tubos e construção de módulos para plataformas, disse que, só com sua empresa, as dívidas chegam a R$ 20 milhões.

    A companhia demitiu neste ano 800 de seus 1.400 funcionários. Depois de ter faturado R$ 350 milhões em 2014, a previsão para o ano que vem é de R$ 150 milhões.

    Entre as devedoras, estão Iesa, UTC Engenharia, Ecovix (do grupo Engevix), Alusa, Galvão e Queiroz Galvão, investigadas pela Lava-Jato.

    Ao menos três empresas listadas (GDK, Iesa e Jaraguá) estão em recuperação judicial. Fidens e Alusa suspenderam atividades nos canteiros de obras por problemas de pagamento da Petrobras.

    OUTRO LADO

    Procuradas pela Folha, Galvão, Engevix e Alusa não comentaram o relatório.

    A UTC afirmou que seus contratos "são discutidos diretamente com seus clientes e fornecedores".

    DÍVIDAS COM FORNECEDORES

    UFN III (Sinopec e Galvão): R$ 5,3 milhões
    Obra: fábrica de fertilizantes em Três Lagoas (MS)

    Ecovix: R$ 4,8 milhões
    Obra: construção de oito navios plataformas

    Alusa: R$ 3,1 milhões
    Obra: construção de equipamento que reduz as emissões de enxofre da refinaria refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco

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