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    Piketty segue Bardot, Sartre e Monet e recusa honraria máxima da França

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    01/01/2015 18h15

    O badalado economista francês Thomas Piketty rejeitou nesta quinta-feira (1º) a mais alta condecoração do seu país, a Legião da Honra.

    "Eu recuso esse prêmio porque acredito que não é papel do governo decidir quem é honrado", disse Piketty em entrevista à agência de notícias France Presse.

    Piketty ganhou fama com o livro "O Capital do Século 21", que já vendeu 1 milhão de cópias. Na obra, ele defende que existe no capitalismo uma tendência inerente à concentração de renda.

    O economista também aproveitou para criticar indiretamente o atual presidente francês, François Hollande. Segundo ele, em vez de conceder prêmios, o governo "deveria se concentrar em retomar o crescimento na França e na Europa".

    Luciano Amarante - 27.nov.2014/Folhapress
    Palestra do economista francês Thomas Piketty sobre seu livro "O Capital no Século 21" na USP, em novembro
    Palestra do francês Thomas Piketty sobre seu livro "O Capital no Século 21" na USP, em novembro

    Piketty recusou o prêmio no mesmo dia em que Hollande desistiu de sua proposta de elevar a 75% o Imposto de Renda cobrado dos muito ricos. O economista defende ardorosamente que taxar grandes fortunas é um caminho para reduzir a desigualdade.

    RECUSAS

    Outras celebridades já recusaram a Legião da Honra. Entre eles,os filósofos e escritores Jean-Paul Sartre e Albert Camus, o pintor Claude Monet, o músico Hector Berlioz e a atriz Brigitte Bardot.

    Também receberam a condecoração nesta virada de ano o economista Jean Tirole e o escritor Patrick Modiano –ambos ganharam o Prêmio Nobel em suas áreas em 2014.

    A Legião da Honra foi estabelecida pelo general Napoleão Bonaparte em 1802.

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