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    Investidor italiano desiste de disputa pelo controle do Club Med

    DO "FINANCIAL TIMES"

    03/01/2015 16h22

    O investidor italiano Andrea Bonomi desistiu da disputa pelo controle do grupo de hotelaria Club Méditerranée, levando ao fim a mais longa batalha de aquisição na história da França.

    A decisão, que veio apenas cinco dias antes do prazo para submeter novas ofertas, deixa o consórcio liderado pela chinesa Fosun International como único concorrente a uma das maiores marcas do turismo mundial, em uma saga que começou em maio de 2013.

    Bonomi disse que ele e seus parceiros desistiram porque "a situação atual e os níveis de valorização não justificam uma análise mais profunda do Club Med como uma oportunidade de investimento".

    Ele disse reconhecer o fato de os investidores minoritários poderiam se beneficiar de uma oferta maior e desejou o melhor para a companhia e seus empregados.

    A DISPUTA

    O grupo Global Resorts, liderado por Bonomi, fez sua primeira oferta em junho de 2014, iniciando uma batalha feroz pelo grupo francês e elevando os preços das ações a níveis vistos pela última vez em 2008.

    Na sexta-feira (2), as ações da companhia fecharam em 25,09 euros, acima dos 24,60 euros por papel oferecidos em dezembro pelo Fosun e seus parceiros. A oferta avalia o Club Med em 939 milhões de euros.

    Bonomi começou a comprar ações do Club Med em março do ano passado, usando o fundo de investimentos de sua família, o Strategic Holdings, para adquirir uma fatia inicial de 11% a 17,50 euros a ação, segundo estimativas.

    No início de dezembro, o Global Resorts –que inclui o grupo italiano Investindustrial, a companhia brasileira de investimentos GP Investiments e o magnata sul-africano de hotéis Sol Kerzner, além da empresa de private equity KKR– detinha 18,9%.

    O Fosun, controlado pelo bilionário chinês Guo Guangchang, tinha cerca de 18,4% das ações do Club Med.

    ESTRATÉGIAS

    Recentemente, o grupo chinês confirmou que o empresário brasileiro Nelson Tanure se tornaria um acionista minoritário no Club Med se seu lance fosse bem sucedido.

    Segundo o grupo, Tanure, cujos negócios no Brasil incluem petróleo e gás, telecomunicações e imóveis, ajudaria a desenvolver a marca na América Latina.

    O Fosun também pretende seguir a estratégia atual de levar o Club Med para um mercado elevado. A gestora do Club Med, liderada por Henri Giscard d'Estaing, filho do ex-presidente francês Valéry d'Estaing, abriu no ano passado um destino para ski de quatro estrelas em Val Thorens, na França.

    O grupo, fundado em 1950, foi o pioneiro em pacotes completos de férias e se expandiu rapidamente nas décadas posteriores graças a seus destinos indicados para melhorar a saúde. Recentemente, no entanto, a companhia vem lutando contra a competição crescente e à exposição a clientes europeus sem dinheiro.

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