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    Opep não vai reduzir produção para elevar preço, dizem Emirados Árabes

    DA REUTERS

    13/01/2015 10h00 - Atualizado às 11h48

    A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não vai reduzir sua produção para dar sustentação aos preços da commodity, mas espera que produtores de maior custo o façam, reafirmou o ministro de energia dos Emirados Árabes Unidos nesta terça-feira (13), enquanto as cotações recuavam para perto da mínima em seis anos.

    A cotação do petróleo tipo Brent, em Londres, que no início de 2014 estava acima de US$ 100, caía 3,61% às 11h47, a US$ 45,72. Já o WTI, negociado em Nova York, tinha queda de 2,89%, a US$ 44,74, no mesmo horário.

    OUTROS PRODUTORES

    Mazroui não deu nenhum sinal de que a Opep mudará sua postura em relação à questão. A organização tem insistido para que outros produtores, particularmente os de óleo não convencional de xisto nos Estados Unidos, reduzam sua produção.

    "A estratégia não vai mudar", disse ele em uma conferência do setor de energia em Abu Dhabi.

    Ao não reduzir a produção, "nós estamos dizendo ao mercado e a outros produtores que eles precisam ser racionais e, como a Opep, precisam observar o crescimento do mercado internacional de petróleo e precisam atender a esse crescimento com produção adicional".

    VAI E VOLTA

    No dia 28 de dezembro, o ministro de Energia da Argélia, Yucef Yusfi, disse que a organização deveria reduzir a produção de petróleo para que os preços da commodity aumentem e, desta forma, defender as entradas de recursos de seus integrantes.

    "A Opep deve intervir para corrigir os desequilíbrios promovendo um corte de sua produção para fazer subir os preços e defender as entradas de recursos de seus integrantes", declarou Yusfi.

    País-membro da Opep, a Argélia, obtém 95% de suas entradas externas de recursos a partir das exportações de petróleo e gás.

    A declaração veio após a Arábia Saudita, principal produtor da Opep, anunciar também em dezembro que não iria reduzir sua produção mesmo que o barril de petróleo fosse a US$ 20.

    Em decisão tomada em 27 de novembro, a organização optou por não cortar a produção do petróleo, apesar do declínio de preços, marcando uma mudança de estratégia para defender sua fatia de mercado.

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