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    Empresas tentam criar links para aplicativos para tirá-los da 'solidão'

    DO "NEW YORK TIMES"

    18/01/2015 00h00

    Navegar na web costumava exigir digitar meticulosamente o endereço de uma página. Os browsers e sites de buscas simplificaram isso, dando-nos a internet como a conhecemos hoje.

    Agora, no Vale do Silício, empresas que vão de pequenas start-ups (companhias iniciantes) a gigantes como Google e Facebook estão tentando levar essa mesma simplicidade para os smartphones ao fazer com que os aplicativos "conversem" uns com os outros.

    Diferentemente das páginas na web, os apps não têm links. Eles não têm endereços e "vivem" sozinhos, separados e sem ligação com a internet em geral. É muito mais difícil compartilhar informações encontradas neles.

    Não se trata apenas de uma questão de conveniência do consumidor. Para o Google e o Facebook, e qualquer companhia que tenha construído seu negócio na web, é uma questão de controlar a próxima porta de entrada para a rede, o aparelho móvel.

    Peter DaSilva/The New York Times
    Alex Austin, da Branch Metrics, que está tentando criar um endereço eletrônico para aplicativos
    Alex Austin, da Branch Metrics, que está tentando criar um endereço eletrônico para aplicativos

    "Todo o conceito do Google é indexar toda a informação do mundo, mas eles deixaram de fora um monte de coisas: tudo o que está nos apps", afirma Alex Austin, presidente-executivo da Branch Metrics, uma start-up de Palo Alto, na Califórnia, que está tentando criar um endereço universal para os aplicativos e para a web.

    No jargão técnico, o problema é conhecido como "linkagem profunda", o obstáculo tecnológico de dar aos apps algum tipo de link –como aquelas linhas de letras, pontos e barras que formam as URLs dos sites.

    Resolver esse problema é uma grande oportunidade de negócios para start-ups. Como diz Austin, "quem construir o melhor banco de dados vai ganhar o jogo".

    A Branch Metrics e outras start-ups, incluindo URX e Quixey, estão tentando se tornar os protagonistas da "linkagem profunda". Os esforços variam de escopo, e as companhias têm modelos de negócio bem diferentes.

    A Famo.us é uma empresa de San Francisco que desenvolve sistemas para "empacotar" sites de modo que eles possam ser vendidos ou estarem acessíveis para download como os apps, mas ainda assim possam ser buscados e linkados como páginas da internet convencional.

    Steve Newcomb, presidente-executivo da companhia, classifica os esforços de adicionar links aos apps como soluções gambiarras que causam mais problemas. Alguns produtores de aplicativos podem resistir a qualquer uma dessas soluções.

    Apesar desses obstáculos, um dia o mercado móvel vai se tornar interconectado, diz Sam Altman, da aceleradora de negócios Y Combinator.

    "O que fez a web tão mágica é que não há fricção de um lugar para outro. Você pode ir de ouvir uma música para comprar ingressos e obter direções."

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