Uma das maiores corretoras da moeda virtual no Brasil, a Mercado Bitcoin, movimenta cerca de R$ 10 milhões por mês em compras e vendas, um valor bem menor do que os US$ 240 milhões mensais da eslovena Bitstamp, uma das grandes do mundo.
Apesar dos valores modestos, empresas brasileiras desse setor vêm tentando convencer grandes varejistas de que o bitcoin tem futuro. O maior atrativo para os lojistas seriam as baixas taxas por operação. As Bolsas oferecem aos comerciantes taxas de cerca de 2,5% para converter os bitcoins em reais, enquanto as operadoras de cartões de crédito, por exemplo, cobram cerca de 6% por operação.
No Brasil, chamou a atenção em outubro o anúncio da construtora Tecnisa, que abriu aos seus clientes a possibilidade de pagar com a moeda até R$ 100 mil da primeira parcela da entrada de um imóvel. Além disso, a empresa ainda oferece desconto de 5% sobre esse valor –mesmo assim, ninguém ainda se interessou.
A Tecnisa estima que haja 40 mil usuários desse sistema no Brasil. Marlo Tacla, analista de marketing da empresa, explica que isso já é o suficiente para "testar a temperatura da água" e mostrar que a construtora está antenada. "Apesar da falta de regulamentação, não há lei que proíba o bitcoin, então achamos que vale a pena fazer essa tentativa", diz.
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