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    'Lei de cotas é muito pouco para o deficiente físico', afirma escritor

    FILIPE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    19/01/2015 02h00

    Uma pessoa sem braços poderia ser dona de uma empresa de instrutores de asa-delta, usando sua criatividade e inteligência, diz Fernando Dolabela, 69, coautor de "Empreendedorismo Sem Fronteiras".

    Ele assina o livro com Cid Torquato, 52, secretário-adjunto dos direitos da pessoa com deficiência em São Paulo e tetraplégico desde 2007, quando sofreu acidente em um mergulho.

    Leia abaixo trecho de entrevista com os autores:

    *

    Folha - Qual a importância do tema deficiência e empreendedorismo?

    Cid Torquato - Queremos abrir a discussão sobre o leque de opções de trabalho e renda que há para a pessoa com deficiência, até porque o empreendedorismo para ela já é uma realidade.

    Enquanto as outras pessoas têm uma série de apoios e opções de renda, para a pessoa com deficiência, a única política pública é a lei de cotas, o que é muito pouco.

    Quais as vantagens do empreendedorismo para elas?

    É notório o preconceito que ainda há na sociedade. Há um potencial de 1,5 milhão de vagas de trabalho para pessoas com deficiência no país e só 360 mil são ocupadas. E há as barreiras físicas. Se a pessoa consegue ter seu próprio negócio, vai enfrentar menos essas barreiras.

    Existe alguma dificuldade específica de pessoas desse público ao empreender?

    Fernando Dolabela - Elas sofrem restrições de locomoção e sensoriais. Mas o empreendedor, em geral, não depende do corpo. Ele tende a articular pessoas e recursos e, por isso, precisa muito mais da mente, de sua organização e de sua criatividade.

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