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    Assembleia aprova venda de ativos da Oi em Portugal

    JULIO WIZIACK E JOANA CUNHA
    DE SÃO PAULO

    23/01/2015 02h00

    Francisco Seco/Associated Press
    Bayard Gontijo, presidente da Oi, após assembleia
    Bayard Gontijo, presidente da Oi, após assembleia

    Em uma assembleia que se prolongou por mais de quatro horas nesta quinta-feira (22), os acionistas da holding portuguesa Portugal Telecom SGPS aprovaram a venda dos ativos da Oi em Portugal para a francesa Altice por € 7,4 bilhões.

    A venda permite à Oi reduzir sua dívida e participar do movimento de consolidação no Brasil.

    O caminho fica aberto para que a operadora faça, nas próximas semanas, uma oferta pelo fatiamento da TIM brasileira, ao lado da Vivo e da Claro. Mas a Folha apurou que a alternativa mais viável para a consolidação é a fusão entre as duas empresas, como prefere a Telecom Italia, dona da TIM brasileira.

    A ASSEMBLEIA

    Após semanas de acusações recíprocas e tentativas dos portugueses de impedir o negócio, o acordo foi aprovado por 97,81% dos votos.

    Dona de cerca de 25% de participação na Oi, a Portugal Telecom SGPS tinha poder de veto sobre a venda, enquanto a Oi estava impedida de votar (apesar de ser uma das maiores acionistas da PT SGPS, com aproximadamente 10%), devido ao conflito de interesse.

    Mas Bayard Gontijo, presidente da Oi, foi liberado para falar durante a assembleia. O executivo afirmou que a dívida da PT Portugal seria transferida para a Oi.

    O negócio também vinha sofrendo pressão contrária do sindicato de trabalhadores da Portugal Telecom, que já havia pedido a suspensão da assembleia. A entidade argumentava que faltavam informações para que os acionistas da PT avaliassem se a fusão com a Oi poderia ter sido revertida.

    Falta agora a aprovação dos órgãos reguladores portugueses, antes de seguir para o fechamento e a liquidação financeira da operação, que devem terminar até o final deste primeiro semestre.

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