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    Rio de Janeiro

    Rio perde espaço, mas desbanca SP entre grandes metrópoles

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    24/01/2015 02h00

    A desaceleração do crescimento no país fez as cidades brasileiras perderem espaço em ranking que mede o desenvolvimento econômico das maiores metrópoles do mundo em 2014.

    A primeira brasileira a aparecer na lista é o Rio, na 162ª posição, em um total de 300. A cidade estava em 100º lugar no ranking anterior, de 2012, segundo estudo do Brookings Institute, de Washington, e do banco JPMorgan Chase.

    Apesar da queda, o Rio, beneficiado pelo turismo e por serviços locais, ficou mais de cem posições à frente de sua eterna concorrente, São Paulo (284ª, queda de 67 postos ante a lista anterior).

    "São Paulo foi bastante afetada pela queda na renda entre 2013 e 2014. Isso porque o mercado financeiro e a indústria, que juntos correspondem a cerca de 60% do PIB de São Paulo, tiveram desempenho pior em 2014", afirmou à Folha Jesus Trujillo, um dos autores do estudo.

    De acordo com ele, é inegável que o desempenho das cidades brasileiras na lista está relacionado à situação da economia do país.

    "A queda no preço das commodities está afetando as economias em desenvolvimento, especialmente na América Latina", disse. "Além disso, o Brasil, que teve um crescimento significativo há alguns anos, está tendo dificuldade para achar um novo motor de crescimento."

    O estudo se baseia nos índices anualizados de elevação do PIB per capita e do nível de emprego da cidade.

    Além de São Paulo e Rio, estão na lista Fortaleza (174ª), Curitiba (181ª), Belo Horizonte (187ª), Vitória (193ª), Recife (200ª), Brasília (209ª), Salvador (266ª), Porto Alegre (290ª) e Campinas (291ª).

    O primeiro lugar do ranking ficou com Macau, na China, que cresce impulsionada pela indústria de cassinos, que hoje já supera a de Las Vegas (EUA).

    Mesmo com a desaceleração do crescimento no país asiático, 18 das 30 cidades com maior crescimento no ano passado são chinesas.

    O estudo mostra que, seis anos após o início da crise global, 60% das grandes metrópoles do mundo já retomaram os níveis de emprego e renda de antes da turbulência.

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