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    Em protesto contra crise econômica, 20 mil devem parar em Sertãozinho

    GABRIELA YAMADA
    DE RIBEIRÃO PRETO

    27/01/2015 02h00

    Em protesto contra a crise do setor sucroenergético, diferentes segmentos econômicos deverão interromper suas atividades nesta terça-feira (27), em Sertãozinho.

    Liderado por entidades do setor, sindicatos de trabalhadores e prefeitura, a manifestação deve reunir cerca de 20 mil pessoas.

    O objetivo é sensibilizar os governos estadual e federal sobre o potencial do município em gerar energia elétrica pelo etanol ou pela queima do bagaço de cana-de-açúcar.

    De acordo com Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Ceise-Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), hoje as indústrias trabalham com 40% de capacidade produtiva.

    "Iremos encaminhar aos governos federal e estadual um documento com as nossas reivindicações e a situação do município", disse.

    CRIAÇÃO DE EMPREGOS

    Um dos principais polos industriais do setor do país, o município amargou o quarto pior resultado na criação de empregos em todo o Estado no ano passado, com um saldo negativo de 2.046 vagas.

    Os outros municípios paulistas que também tiveram desempenho ruim foram Campinas, Diadema e São Bernardo do Campo, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.

    Duas principais rodovias de acesso ao município, Carlos Tonani e Armando Sales de Oliveira, serão bloqueadas para o trânsito de veículos.

    Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o trânsito nas vias de acesso ao distrito industrial será bloqueado às 8h.

    "A intenção é que a cidade inteira pare e todos os trabalhadores participem, porque a crise está afetando outros setores também, como o comércio", disse Claudinei de Oliveira, diretor do sindicato dos metalúrgicos.

    De acordo com José Carlos Canesin, presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Sertãozinho e Região), toda a atividade econômica da cidade é alicerçada no setor metalúrgico e atrelada à retomada do setor sucroenergético.

    "Todas as categorias estão em crise. Não podemos ficar esperando pelo pior", afirmou, em nota.

    Desde a semana passada, cinco carros de som andam pelos bairros e avisam a população sobre o protesto.

    Com o fechamento de indústrias, Sertãozinho deixou de arrecadar cerca de R$ 30 milhões em tributos nos últimos dois anos.

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