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    Sob previsões negativas, venda de carros cai

    DE SÃO PAULO

    27/01/2015 02h00

    As expectativas negativas estão se confirmando, e 2015 não começou bem para o setor automotivo. Números preliminares mostram que há queda de cerca de 20% nas vendas acumuladas até a terceira semana de janeiro na comparação com o mesmo período de 2014.

    "É um tempo de tintas muito escuras. O grande problema é a confiança do consumidor, que está em baixa", disse Luiz Moan, presidente da Anfavea (associação nacional das montadoras), durante a inauguração do novo centro de abastecimento da fábrica da GM, em São Caetano do Sul, nesta segunda (26).

    Para o executivo, o início ruim já era esperado. A entidade espera que os sinais de recuperação nas vendas comecem a aparecer em abril.

    O período de janeiro a março servirá para ver com mais clareza qual o impacto das medidas recentes tomadas pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central.

    O reajuste do IOF e a elevação da taxa Selic -que influenciam na alta das taxas de juros sobre os financiamentos- são os fatores que mais devem mexer com o humor do setor automotivo.

    Em um primeiro momento, o impacto dessas variações de taxas tende a ser maior até do que a elevação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), pois ainda há grande quantidade de carros com preço antigo em estoque.

    Moan, que também é diretor de assuntos institucionais da General Motors, disse que as empresas continuam a anunciar investimentos, como a própria GM. O evento realizado nesta segunda-feira é parte das comemorações de 90 anos da empresa no Brasil e teve a participação do presidente mundial do grupo, Dan Ammann.

    Hoje, a montadora está com 950 funcionários em "lay-off" (suspensão temporário dos contratos de trabalho). O motivo é a queda na produção de veículos.

    Em 2014, a fabricação de autos no país caiu 15,3%. No total, foram montados 3,15 milhões de unidades.

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