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    Com vendas em baixa, McDonald's anuncia troca de presidente

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    28/01/2015 22h23

    Em meio às dificuldades enfrentadas em seus negócios globais, o McDonald's anunciou nesta quarta-feira (28) que vai substituir seu presidente, Don Thompson, em 1º de março.

    O vice-presidente executivo e diretor de marca, Steve Easterbrook assumirá o cargo e também o posto de Thompson no conselho da companhia.

    Na semana passada, a companhia divulgou que suas vendas globais –considerando apenas as lojas com mais de um ano– caíram 1% em 2014. Foi a primeira redução desde 2002. Além disso, o lucro líquido registrou queda de 15% no ano, para US$ 4,8 bilhões.

    Em conferência com os investidores na última sexta-feira, Thompson, afirmou que os resultados devem continuar sob pressão ao longo do ano, especialmente no primeiro semestre. "Nossos negócios continuam a enfrentar ventos contrários significativos", disse.

    "Steve é um executivo forte e experiente que administrou com sucesso nossos negócios no Reino Unido e na Europa e o conselho está confiante de que ele pode conduzir a companhia a melhores resultados financeiros e operacionais", afirmou o presidente do conselho, Andrew McKenna, em nota.

    Thompson, estava na empresa há 25 anos e foi o primeiro presidente-executivo negro do McDonald's. Antes disso, também foi presidente dos negócios nos Estados Unidos e diretor operacional.

    "É difícil dizer adeus para a família McDonald's, mas há um tempo para tudo", disse no comunicado divulgado pela empresa. "Eu estou muito confiante ao passar o posto para o Steve, que vai continuar levando nossos negócios e nossa marca para frente."

    O McDonald's enfrentou problemas em praticamente todas as regiões em que opera no ano passado -a exceção é a divisão em que está o Brasil, os outros países da América Latina e o Canadá, que teve aumento de 6,6% nas vendas.

    Houve escândalos de vigilância sanitária na Ásia e questões geopolíticas na Europa –onde a rede acabou prejudicada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia.

    Seu maior concorrente, o Burger King, reduziu o cardápio, baixou os preços e passou a atrair quem antes buscava confiabilidade, rapidez e poucos gastos nos restaurantes da rede rival.

    A companhia também enfrenta, nos Estados Unidos, a concorrência do segmento chamado de "fast casual", restaurantes como Chipotle ou Shake Shack, focados em produtos de maior qualidade e que usam valores como "local" e "orgânico" para atrair os consumidores jovens.

    No fim de 2014, a maior rede de fast food do mundo começou a implementar uma ampla estratégia para recuperar seus clientes, que inclui um reposicionamento da marca, redução do cardápio e até hambúrgueres "gourmet".

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