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    Fundos de renda fixa e ouro lideram ranking de aplicações em 12 meses

    DANIELLE BRANT
    ANDERSON FIGO
    DE SÃO PAULO

    30/01/2015 18h31

    Os fundos de renda fixa e o ouro lideraram o ranking de investimentos da Folha de janeiro. O levantamento computa o desempenho nos últimos 12 meses e desconta Imposto de Renda.

    O aumento do juro básico (Selic) favoreceu os fundos de renda fixa, que tiveram valorização de 9,91% em 12 meses (após o desconto de IR), e dos fundos DI, com ganho de 9,17% (após IR) no período.

    A inflação medida pelo IPCA (índice oficial) em 2014 ficou 6,41%.

    Editoria de arte/Folhapress

    Desde janeiro de 2014, a taxa Selic passou de 10,50% ao ano para os atuais 12,25% ao ano. "Com o juro acima de 12% ao ano, fica mais fácil para o gestor de renda fixa conseguir bom retorno para os investidores", diz Raphael Juan, gestor da BBT Asset.

    Esses produtos aplicam em títulos cuja remuneração acompanha a tendência do juro básico, ou que estão atrelados à própria Selic.

    Para Juan, porém, a fraca atividade econômica no país inviabiliza que a taxa básica supere os 13% ao ano. "Projetamos que, no fim de 2016, a Selic volte a cair e fique em 11,5% ao ano", diz.

    Nesse cenário, quem pretende entrar agora em um fundo de renda fixa com foco em títulos públicos para permanecer até o final do ano que vem deve dar preferência aos papéis prefixados -cuja remuneração é estabelecida no momento da compra e que leva vantagem em um cenário de queda futura de juros, acrescenta Juan.

    Vale destacar que, independentemente do perfil do fundo, o investidor precisa ficar atento à taxa de administração cobrada, que incide sobre todo o patrimônio, não apenas sobre o rendimento.

    "É preciso encontrar uma taxa de no máximo 1% ao ano, para que não corroa o ganho", diz o economista.

    OURO

    Já o ouro foi beneficiado pela alta do metal no mercado externo e pela valorização do dólar em relação ao real -ambos componentes do preço calculado no Brasil.

    O ouro subiu 12,3% em 12 meses, considerando investimento isento de Imposto de Renda (no caso de venda de até R$ 20 mil por mês).

    O metal é considerado uma opção segura de investimento e, por isso, é mais procurado em momentos de instabilidade no mercado financeiro, como o atual.

    Diante da maior procura de investidores -em geral, os que possuem mais recursos disponíveis para aplicar-, o preço do ouro sobe.

    "Houve problemas na Grécia, a crise econômica da Rússia e os atentados na França. Isso tudo gera insegurança", diz Edson Magalhães, diretor da corretora Reserva Metais.

    LANTERNA

    Na lanterna do ranking, os fundos de ações livres -opção para o pequeno investidor que deseja aplicar em Bolsa- tiveram ganho de 0,66% em 12 meses após IR, pressionados pela queda do mercado acionário no período.

    O pequeno ganho foi possível apesar da desvalorização do Ibovespa porque esses fundos são livres para aplicar em ações que não compõem o principal índice da Bolsa.

    Folhainvest

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