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    Governo pode aumentar em 83% teto de cobrança extra da energia

    DE BRASÍLIA

    05/02/2015 21h45

    A proposta do governo para revisão das bandeiras tarifárias prevê um aumento de 83% para a faixa vermelha, que é a mais cara. Essa classificação define as cobranças extras sobre a energia quando são usadas formas complementares de abastecimento, como as usinas termelétricas –elas têm custos mais altos do que as hidrelétricas.

    A bandeira tarifária amarela deve ter aumento de 66,7%. Além dela e da vermelha, há também a faixa verde, que mantém as cobranças inalteradas.

    Nesta quinta, Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, havia garantido que o aumento não seria superior a 50%.

    Editoria de arte/Folhapress

    O valor máximo cobrado atualmente, da bandeira vermelha, prevê um aumento da conta de luz de R$ 3 a cada 100 kilowatt-hora (kWh). A ideia agora é que esse valor passe para R$ 5,50 pela mesma quantidade de energia consumida.

    Os novos valores serão levados para aprovação da diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (6) durante reunião extraordinária.

    A bandeira vermelha, mais cara, vai indicar não apenas que as usinas térmicas estão sendo usadas em larga escala, mas também que as empresas estão tendo de comprar muita energia extra para atender a demanda ou que o risco hidrológico aumentou (diferença entre energia contratada e a entregue pelas geradoras).

    No caso da bandeira amarela, que sinaliza uma situação intermediária desses gastos, o valor que será proposto será de R$ 2,50.

    Atualmente o preço adicional a cada 100 kWh consumidos é de R$ 1,50 quando a bandeira está nesta cor. Um aumento de 66,7%.

    A Aneel ainda irá submeter as alterações por audiência pública. Após esse período, que deve ser curto, os novos valores começam a valer. Ao que tudo indica, já para o mês de março.

    ECONOMIA

    O governo também informou que estuda estender o horário de verão por mais um mês, na tentativa de economizar energia em um momento que o setor enfrenta dificuldades.

    O assunto será discutido internamente pelos técnicos do governo no próximo dia 12, segundo reportagem do Jornal Nacional.

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