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    Grupo Abril sai do negócio educacional com venda da Abril Educação a fundos

    MARIANA BARBOSA
    DE SÃO PAULO

    09/02/2015 19h04

    O Grupo Abril vendeu a totalidade das ações da Abril Educação para fundos de investimentos da gestora Tarpon, em uma operação avaliada em R$ 1,3 bilhão.

    O valor representa a soma da fatia de 20,73% do capital social total adquirido nesta segunda-feira (9) com os 19,91% que o Tarpon havia adquirido em agosto do ano passado, considerando o valor de R$ 12,33 por ação.

    A Abril Educação faturou R$ 1,039 bilhão e obteve lucro líquido de R$ 78,9 milhões em 2013. De janeiro a setembro de 2014, o faturamento foi a R$ 753,7 milhões, alta de 32,6% ante igual período do ano anterior. A empresa atua nas áreas de edição de livros didáticos e paradidáticos, sistemas de ensino, colégios, cursos pré-vestibulares, para concursos públicos e ensino de idiomas.

    A venda do negócio de educação é mais um passo no processo de enxugamento que vem sendo implementado no grupo Abril desde a morte do empresário Roberto Civita, filho do fundador do grupo, Victor Civita, em maio de 2013.

    Desde então, a empresa descontinuou quatro títulos próprios ("Alfa", "Bravo", "Gloss" e "Lola"), vendeu as frequências da MTV e transferiu dez títulos para a Editora Caras.

    Com a venda da Abril Educação, o Grupo Abril passa a focar em duas áreas de negócio: produção de conteúdo e logística e distribuição de revistas e produtos para o e-commerce.

    Esses negócios são divididos em duas holdings: Abril Mídia (holding formada pela Abril Gráfica e Abril Comunicações, que publica a revista "Veja", entre outros títulos); e DGB (formada pelas empresas Dinap, Treelog e Total Express, especializadas em logística e distribuição).

    O atual presidente executivo do Tarpon, Eduardo Mufarej, vai assumir o posto de presidente da Abril Educação. Pelas regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o novo controlador terá de fazer uma OPA (Oferta Pública de Aquisição). Hoje as ações da empresa são negociadas no Novo Mercado.

    Além das ações negociadas na Bolsa (34,1% do total), a empresa tem ainda como sócios o governo de Cingapura (18,5%) e o fundo Constellation (6,6%).

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