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    Sem informação após explosão de plataforma, cidade fica apreensiva

    ALEX CAVANCANTI
    LEONARDO HEITOR
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VITÓRIA (ES)
    JULIANA COISSI
    DE SÃO PAULO

    11/02/2015 20h36

    Sem informação nenhuma sobre o marido, a dona de casa Alana Rodrigues correu pro aeroporto Eurico Salles, em Vitória. Não sabia sequer se ele estava no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, onde três pessoas morreram. Continuou sem saber, mesmo após mais de três horas da explosão.

    O clima na capital do Espírito Santo foi esse até o começo da noite desta quarta-feira (11).

    Muitas informações inclusive estavam desencontradas. Até o local da explosão causou dúvidas, pois o Sindipreto-ES chegou a informar, às 17h, que o acidente havia sido na costa do litoral sul do ES, na cidade de Presidente Kennedy. Horas depois, confirmou que foi na região de Aracruz, no norte.

    Alana só sabia dizer que Marco Antonio Pereira trabalha numa plataforma. "Eu ouvi no rádio [sobre a explosão], eu vim aqui para ver se consigo informações, mas ninguém sabe de nada."

    Dez dos feridos foram levados a hospitais da cidade de Serra. Duas das vítimas tinham queimaduras graves e outras sofreram traumas.

    No Vitória Apart Hospital, a maioria dos parentes que chegavam não falaram com a imprensa e foram levados direto a uma sala com funcionários da Petrobras.

    No começo da noite, o estudante Gabriel Eduardo Foeger, 18, disse à Folha que a Petrobras confirmou que seu amigo estava no navio-plataforma, mas não deu detalhes do estado de saúde dele.

    Nesse hospital, uma funcionária que presta serviço à Petrobras confirmou os nomes de seis dos feridos: Renata Beça, Eduardo Campos, Diego Chaves Leite, Raimundo José Dantas e Danilo Martins Cruz, além de um estrangeiros, das Filipinas, identificado só como Bernardes.

    Segundo Davidson Lomba dos Santos, da diretoria do Sindipetro-ES, os desaparecidos provavelmente estão na casa de bombas, local do acidente, que fica no mínimo a dois ou três metros de profundidade em relação à superfície da água.

    No aeroporto, o coordenador médico da Prime Emergências (prestadora de serviços da plataforma onde houve a explosão), Christian Trajano, disse que, às 17h30, "todos os trabalhadores que precisavam de atendimento hospitalar já tinham sido removidos".

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