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    Bilionário George Soros recua de aposta em papéis da Petrobras

    DE SÃO PAULO

    19/02/2015 02h00

    Depois de ir na contramão do mercado e aumentar seu investimento em papéis da Petrobras no terceiro trimestre de 2014, o bilionário George Soros reduziu em mais da metade a sua aposta na estatal brasileira no fim do ano passado.

    O fundo que Soros administra, o Soros Fund Management, tinha 2 milhões de ADRs (recibos de ações negociados na Bolsa de Nova York) da Petrobras no fim do quarto trimestre do ano passado, 60% menos que no fim de setembro.

    Em valores, a queda foi ainda mais expressiva: de US$ 82 milhões, no término do terceiro trimestre, para US$ 14,7 milhões no fim de 2014, uma contração de 82%.

    Apesar da forte redução, não é possível afirmar que Soros, 84, teve prejuízos com o investimento na estatal.

    Isso porque o fundo administrado pelo 29º homem mais rico do mundo (dono de US$ 26 bilhões) não divulga quando comprou ou vendeu os papéis nem os valores envolvidos, e sim apenas qual era sua posição no fim de cada trimestre.

    Ruben Sprich - 23.jan.2015/Reuters

    Ainda assim é bastante provável que ele tenha perdido dinheiro com a aposta.

    Na média, os papéis da Petrobras no terceiro trimestre valiam US$ 16,7 na Bolsa de Nova York. Nos três meses seguintes, com o avanço das investigações da operação Lava Jato e com as dificuldades da empresa de divulgar seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre, a cotação média recuou 35%, para US$ 10,8.

    O movimento de Soros no terceiro trimestre foi na contramão da maioria de outros grandes investidores.

    Reportagem da Folha no fim do ano passado mostrou que 25% dos grandes investidores americanos reduziram em ao menos um terço o número de ADRs ordinários da estatal que possuíam desde o início do segundo semestre.

    OUTRAS BRASILEIRAS

    Não foi só da Petrobras que Soros reduziu suas apostas.

    Ele vendeu todos os papéis que tinha em mais duas empresas brasileiras: Embraer (avaliados em US$ 14,8 milhões no fim do terceiro trimestre) e TIM (com valor de US$ 1,4 milhão no final de setembro do ano passado).

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