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    Em estradas federais, cai número de trechos interditados por caminhões

    DE CAMPINAS

    25/02/2015 11h46

    Douglas Magno/O Tempo
    Caminhões na BR-381, em Betim (MG); caminhoneiros parados em Minas Gerais começaram a dispersar nesta quarta após ordem judicial
    Caminhões ocupam trecho da na BR-381, na altura de Betim (MG); caminhoneiros parados em Minas Gerais começaram a se dispersar nesta quarta-feira (25) após ordem judicial

    O número de rodovias federais com trechos interditados pela paralisação dos caminhoneiros caiu na manhã desta quarta-feira (25) em relação ao último balanço da Polícia Rodoviária Federal na noite de terça-feira (24). São 99 pontos nesta manhã, ante 115 registrados na noite de terça.

    Segundo os dados da entidade, os pontos de interdição nas federais estão em dez Estados: Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará e Espírito Santo (com uma estrada afetada em cada), Bahia (4), Goiás (4), Mato Grosso (10), Paraná (19), Santa Catarina (22) e Rio Grande do Sul (36).

    Os números da PRF não incluem os bloqueios que ocorrem em rodovias estaduais. Nessa conta não entra, por exemplo, o bloqueio registrado em São Paulo.

    Nesta terça, a Justiça Federal concedeu liminares para que os caminhoneiros deixem de fazer as paralisações. As medidas atendem a algumas rodovias em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.

    Em Minas, a ordem judicial está sendo cumprida e os trechos estão sendo liberados. Mas há resistência de caminhoneiros em Itaúna, segundo o movimento dos motoristas.

    A AGU (Advocacia-Geral da União) também solicitou à Justiça Federal o desbloqueio de rodovias em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina devido aos protestos. Ainda não há decisões liminares nesses Estados.

    Os caminhoneiros pedem redução no preço do diesel e do pedágio, tabelamento dos fretes e a sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho -a categoria quer a liberação de mais horas trabalhadas por dia para aumentar os ganhos.

    As paralisações afetam o transporte de alimentos e mercadorias. Produtores agrícolas e indústrias de alimentos tiveram que suspender ou descartar a produção.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Preocupado com o impacto político e econômico do bloqueio das rodovias, o governo marcou uma reunião para esta quinta (26) no Palácio do Planalto, para discutir com os caminhoneiros e empresas de transporte. Segundo a Folha apurou, a ordem de Dilma é resolver o impasse o mais rápido possível.

    O governo, porém, teve dificuldades nos últimos dias para resolver o problema porque não conseguia identificar líderes que respondessem por todo o conjunto de manifestantes.

    RODOVIAS ESTADUAIS

    No Estado de São Paulo, as paralisações afetavam apenas uma rodovia estadual, segundo informou a Polícia Rodoviária via assessoria de imprensa às 13h10. Cerca de 150 caminhoneiros se reuniam às margens da rodovia Raposo Tavares, na altura do kilômetro 433, na cidade de Cândido Mota (431 km de São Paulo). Apenas uma faixa da rodovia estava liberada, por onde passavam veículos de passeio e caminhões que transportavam carga viva.

    No Rio Grande do Sul, a Brigada Militar informou às 13h30 que havia 29 estradas estaduais paralisadas pelos caminhoneiros no Estado. Estradas que passam por municípios como Passo Fundo, Veranópolis, Caxias do Sul e Venâncio Aires estão bloqueadas para o tráfego de caminhões. De acordo com a autoridade policial, dez das 29 rodovias já estão paralisadas desde terça-feira (24). Além disso, não há acordo para o término dos protestos em nenhum dos locais.

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