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    Estados ajudam a melhorar resultado das contas públicas em janeiro

    EDUARDO CUCOLO
    DE BRASÍLIA

    27/02/2015 10h51

    As contas do setor público fecharam janeiro com superavit de R$ 21,1 bilhões, valor superior aos R$ 19,9 bilhões do mesmo período do ano passado, informou nesta sexta-feira (27) o Banco Central.

    O destaque nessa comparação foi a melhora nos números dos Estados, cujo resultado positivo passou de R$ 6,1 bilhões para R$ 9,2 bilhões nesse período.

    O governo federal, incluindo BC e INSS, teve resultado positivo de R$ 10,1 bilhões no mês passado, mas abaixo do verificado no mesmo período de 2014 (R$ 12,5 bilhões). O restante do superavit primário (diferença entre receitas e despesas não financeiras) se refere aos dados de municípios e empresas estatais.

    No acumulado em 12 meses, as contas do setor público continuam no vermelho, com deficit de R$ 31,4 bilhões (0,61% do PIB). A meta para este ano é um resultado positivo de R$ 66,3 bilhões (1,2% do PIB).

    A dívida líquida do setor público caiu de 36,8% para 36,6% do PIB. A dívida bruta subiu de 63,5% para 64,4% do PIB.

    INÍCIO DE MANDATO

    "É um resultado favorável, a despeito da sazonalidade. Um bom início de ano", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, ao comentar os dados de janeiro.

    Segundo Maciel, esse resultado praticamente não refletiu as medidas anunciadas recentemente na área fiscal. "Isso ainda não está sendo observado em janeiro. Esses impactos serão incorporados aos resultados dos próximos meses. Já em fevereiro devemos ter algum reflexo disso."

    Em relação aos Estados, que tiveram o melhor resultado da série histórica iniciada em 2001, para meses de janeiro, ele afirmou que o início de ano é um período de aumento de receita, tendo em vista a arrecadação com IPVA e IPTU, por exemplo. Além disso, muitos governadores assumiram agora seus mandatos. "Em início de governo, há uma tendência para melhores resultados."

    O BC informou ainda que teve um ganho de R$ 10,8 bilhões com as operações de intervenção no câmbio, após uma perda de R$ 17 bilhões em dezembro, apesar de o dólar ter se valorizado no mês passado.

    Essa receita contribui para reduzir a despesa líquida com os juros da dívida pública, que somou R$ 18 bilhões em janeiro.

    Desde janeiro de 2013, o superavit primário não superava a despesa com juros. A diferença entre os dois números foi um resultado positivo de R$ 3 bilhões.

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