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    Com greve dos caminhoneiros, pode faltar frango já na próxima semana

    TATIANA FREITAS
    CLAUDIA ROLLI
    DE SÃO PAULO

    28/02/2015 02h00

    Com o abate de aves praticamente paralisado no Sul do país devido à greve dos caminhoneiros, o abastecimento nos grandes centros pode ficar comprometido a partir de meados da próxima semana.

    As fábricas normalmente têm capacidade para armazenar o equivalente a três dias de produção e já estão lotadas, pois os caminhões não conseguem levar as cargas para os centros de distribuição.

    "Se os bloqueios continuarem como estão, é possível que se comece a ter desabastecimento a partir de quarta-feira, inclusive nos grandes centros de consumo, como São Paulo", diz Luiz Stábile, presidente da Associação Catarinense de Avicultura e diretor de pecuária da BRF.

    A Folha apurou que alguns grandes supermercados estão com estoques baixos e que, se até quarta-feira o fluxo nas estradas não começar a ser restabelecido, pode haver escassez de carne de frango.

    O abate de aves no país caiu pela metade com a greve, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal. No Sul, que abastece a maior parte do Sudeste, as fábricas estão fechadas ou quase parando.

    Nesta semana, a entrega de frutas na Ceagesp já começou a sentir os efeitos da greve. Na indústria, o setor de aves será o primeiro afetado porque o ciclo de produção é curto, de 60 dias. Como ele foi quebrado, o volume produzido demorará cerca de dois meses para voltar à normalidade após o fim da greve.

    E, quando as vias forem liberadas, a tendência é que as indústrias retomem primeiro as exportações. "Para não perder contratos, as empresas deverão priorizar os embarques. O aumento nos preços será inevitável", diz Francisco Turra, presidente da ABPA.

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