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    PMI da China mostra que indústria se mantém contraída em fevereiro

    DA REUTERS

    01/03/2015 10h05

    Horas após o banco central da China cortar a taxa de juros para combater a desaceleração e o crescente risco de deflação, a pesquisa oficial Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou neste domingo (1) que a atividade no setor industrial permaneceu na área de contração pelo segundo mês seguido.

    O PMI subiu para 49,9 em fevereiro, ante 49,8 em janeiro, mas se manteve abaixo da marca de 50, que separa crescimento de contração.

    A nova leitura encerra quatro meses de queda nos números. Para a Agência Nacional de Estatísticas, a alta deve ser vista de forma positiva já que ocorre apesar do feriado de uma semana pelo Ano Novo Lunar, durante o qual o PMI normalmente se contrai.

    "No contexto de estabilização da política macroeconômica e recentes cortes de juros e gastos em infraestrutura, a demanda do mercado subiu e a confiança empresarial se fortaleceu", disse a agência, acrescentando que a estabilização dos preços do petróleo e de matérias-primas também são importantes.

    O PMI de serviços mostrou que a alta no setor se recuperou para 53,9 ante 53,7 em janeiro, o que a agência atribui em parte ao gasto no feriado.

    Respondendo por 48% da economia de US$ 10,2 trilhões da China em 2014, o setor de serviços enfrentou a desaceleração do crescimento melhor do que as indústrias, em parte porque depende menos da demanda externa.

    JUROS

    Preocupado com o ritmo de crescimento da economia, o governo chinês decidiu baixar pela segunda vez em quatro meses a taxa de juros.

    O novo corte, de 0,25 ponto percentual, foi divulgado neste sábado (28) pelo banco central chinês. Com isso, a taxa de juros para empréstimos será de 5,35% ao ano.

    Em 2014, a economia chinesa teve crescimento de 7,4%, o menor em mais de duas décadas. O desempenho ficou abaixo da meta fixada pelo governo, de 7,5%.

    A perspectiva para 2015 é de nova desaceleração. O governo prevê expansão de 6,9% a 7,1% e risco de deflação, segundo artigo do chefe do departamento de pesquisas do banco central, Lu Lei.

    Para ele, o ritmo de investimentos deve arrefecer diante de problemas no mercado imobiliário e da queda nos investimentos feitos diretamente pelo governo.

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