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    Protestos diminuem no país e estão agora em três Estados, diz polícia

    GUILHERME CELESTINO
    CAMILA BIANCHI
    DE SÃO PAULO

    01/03/2015 19h52

    O número de interdições nas rodovias federais diminuiu para 13 em três Estados (SC, MT e RS) na tarde deste domingo (1), de acordo com dados da Policia Rodoviária Federal. Na tarde do dia anterior (28), eram 56 interdições em seis Unidades da Federação.

    Segundo a corporação, no começo da noite, o Estado com interdições era Santa Catarina, com dez –MT tinha dois bloqueios.

    Estado que concentrou a maior parte dos protestos no final de semana e onde um caminhoneiro morreu após ser atropelado por um caminhão, o Rio Grande do Sul chegou zerar o número de manifestações da categoria à tarde, mas um bloqueio foi registrado depois das 20h deste domingo.

    Os protestos dos caminhoneiros contra o aumento do diesel e pela alta do valor do frete completaram neste domingo 11 dias, mas perderam a força que teve na semana passada. No auge das manifestações, na quarta (25), a categoria bloqueou 129 trechos em 14 Estados –incluindo SP.

    Desde quinta-feira (26), após o governo ter anunciado um acordo com os caminhoneiros, cresceu a repressão contra os atos.

    Neste domingo, nove pessoas foram presas no RS, segundo Alessandro Castro, diretor de comunicação da Polícia Federal Rodoviária gaúcha. A repressão cresceu após a morte do caminhoneiro e consequente aumento de bloqueios no Estado.

    Duas dessas prisões foram em Camaquã, na BR-116. Segundo Castro, os manifestantes desobedeceram a ordem judicial de desobstruir a pista e incentivaram a desordem pública por estarem coagindo os caminhoneiros a pararem nos postos.

    Em Pelotas outros sete manifestantes foram conduzidos à Polícia Federal por incentivo à desordem no km 66 da BR-392.

    Ações como a do RS se repetiram em outros Estados. Segundo a diretora geral da corporação, Maria Alice Nascimento, os policiais federais mantêm o monitoramento nas estradas com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública e as polícias estaduais.

    "O trabalho continua até o restabelecimento completo do transporte de carga, para garantir o abastecimento da população e a normalidade da atividade econômica", disse Maria Alice, por meio da assessoria da polícia.

    COMBOIO PARA BRASÍLIA

    Segundo Paulo Estausia, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, o momento agora é de recuar e tentar avançar com as negociações.

    No próximo dia 10, está agendada uma reunião com o governo e desembargadores para discutir a revisão do valor do frete, uma das reivindicações da categoria. "Agora vamos esperar os próximos passos, mas os avanços são históricos na pauta da categoria."

    Apesar da fala de Estausia, o movimento está dividido e ainda há líderes que defendem a retomada dos protestos nesta segunda-feira (2).

    Esses líderes, a maioria do Sul, não reconhecem o acordo anunciado pelo governo na quarta (25).

    Carlos Litti, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí (RS), diz que há um comboio de caminhões que deve chegar a Brasília nesta segunda (2).

    Além da redução no preço do diesel e do aumento do frete, a categoria pede diminuição do pedágio sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho.

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