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    Dólar inicia março próximo a R$ 2,90 com expectativa de intervenção menor do BC

    THAIS FASCINA
    DE SÃO PAULO

    02/03/2015 18h25

    O dólar à vista, referência no mercado financeiro, segue rumo a R$ 2,90, patamar que poderá ser quebrado ainda nesta semana.

    A moeda americana fechou nesta segunda (2) a R$ 2,8916, maior valor do ano, com a expectativa de uma interferência menor do Banco Central no mercado de câmbio, além de dúvidas quanto à aprovação no Congresso do pacote de corte de gastos do ministro Joaquim Levy (Fazenda). É a maior cotação desde os R$ 2,902 de 15 de setembro de 2004.

    O dólar comercial, usado nas transações no comércio exterior, terminou o dia em R$ 2,895, com valorização de 1,36%. O valor é o maior desde os R$ 2,889 de 15 de setembro de 2004. Em fevereiro, a alta da dólar chegou a 6,3% e a 22,3% no acumulado de 12 meses.

    O mercado está preocupado com o futuro do ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy (Fazenda) após a presidente Dilma Rousseff ter chamado de "infeliz" sua consideração sobre desoneração da folha de pagamento ter sido uma "brincadeira grosseira". No início do ano, Dilma já havia desautorizado o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) ter questionado a permanência da regra atual de correção do salário mínimo.

    Nesta segunda, a alta do dólar foi impulsionada particularmente pela expectativa de que o BC passe a oferecer, em março, menos contratos de swap cambial, que equivalem à compra de dólar com vencimento futuro. Na sexta (27), após o fechamento dos mercados, o BC informou que rolaria nesta segunda apenas 7,4 mil desses contratos com vencimento em abril. Se continuar nesse ritmo até o final do mês, o BC vai renovar apenas 80% do total de US$ 9,94 bilhões existentes no mercado.

    "Essa [swap cambial] é a única ferramenta que o Banco Central tem para mostrar se quer um dólar caro ou barato. Se o BC coloca menos contratos hoje, tira a liquidez do mercado", afirma Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

    BOLSA

    A Bolsa iniciou o mês em baixa, na contramão dos demais mercados internacionais. No Brasil, o Ibovespa terminou com baixa de 1,09%, marcando 51.020,81 pontos. As ações preferenciais (sem voto) da Petrobras recuaram 1,56% e terminaram a R$ 9,42, enquanto as ordinárias (com voto) tiveram baixa de 2,1% e desceram para R$ 9,28%.

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