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    Governo não prevê nova alta de tributos, diz ministro do Planejamento

    MARIANA BARBOSA
    DE SÃO PAULO

    06/03/2015 12h51

    Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, afirmou nesta sexta-feira (6) que "no momento" o governo não prevê aumento de impostos para fechar as contas públicas. As declarações foram dadas em evento para empresários na Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo.

    Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
    Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, em evento para empresários em São Paulo onde disse não haver previsão de alta em impostos
    Nelson Barbosa, em evento em São Paulo onde afirmou que não há previsão de alta de impostos

    "Não vou dizer que está tranquilo mas estamos confiantes que as medias adotadas até agora serão capazes de cumprir a meta de ajuste fiscal. Mas o plano de voo é periodicamente ajustado e as reuniões para discutir as questões orçamentárias acontecem de dois em dois meses.

    Neste momento não há previsão de adoção de nenhuma medida adicional. Adotamos as medidas necessárias mas o Congressso é soberano."

    SEM META DE CÂMBIO

    Em um momento de forte alta do dólar no mercado brasileiro, o ministro disse que o governo não trabalha com uma meta de câmbio, atuando apenas para administrar sua volatilidade.

    "Não tenho meta para o câmbio, a gente trabalha com qualquer taxa de câmbio", disse a jornalistas ao ser questionado sobre o dólar no patamar de R$3.

    Barbosa disse que com o atual realinhamento do câmbio é possível discutir uma maior integração comercial do país com economias mais avançadas.

    Para o ministro, as grandes reservas internacionais, apesar de seu alto custo, dão autonomia à política econômica brasileira, de maneira que "a solução de nossos problemas só depende de nós".

    RECUPERAÇÃO NO SEGUNDO SEMESTRE

    Barbosa afirmou também que, passada a fase de ajuste fiscal e o cumprimento das metas de superávit primário, a economia deve levar de seis a nove meses para retomar o crescimento.

    "O padrão da economia brasileira é de se recuperar rapidamente", afirmou aos empresários. Ele disse acreditar que já no segundo semestre a economia "vai se recuperar", mas "talvez não seja suficiente para voltar para uma variação positiva no ano".

    O ministro disse que a superação da crise atual depende mais da política do que da economia e defendeu um pacto de união nacional.

    "Não é a primeira vez que enfrentamos uma crise econômica. Mas os desafios que temos hoje são menores do que aqueles que a democracia brasileira enfrentou no passado. Agora é hora da politica, de união e superação", afirmou, ressaltando que a solução dos problemas depende "somente do Brasil".

    O país atravessa "algumas dificuldades, mas nosso potencial é maior do que nossos problemas", disse ele.

    Com Reuters

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