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    Produção industrial de SP sobe 7%, mas não compensa queda em 12 meses

    PEDRO SOARES
    DO RIO

    10/03/2015 09h59

    Apesar do avanço de 2% da produção industrial de dezembro para janeiro, o crescimento não se deu de modo homogêneo: apenas sete dos 14 locais pesquisados pelo IBGE acompanharam o índice nacional de aumento no ritmo. São Paulo teve uma das maiores altas, mas o acumulado em 12 meses ainda é negativo.

    Os destaques, segundo dados divulgados pelo instituto na manhã desta terça (10) ficaram como Pernambuco (13,5%), São Paulo (7,1%) e Minas Gerais (6,5%). Goiás (4,4%), Espírito Santo (4,3%) e Santa Catarina (2,4%). Todos cresceram acima da média nacional.

    Indústria por Estado

    Já os piores desempenhos foram registrados Bahia (-10,1%) e Paraná (-5,6%) e Rio Grande do Sul (-2,9%).

    Em São Paulo, a recuperação, ainda que discreta do setor de máquinas e equipamentos, ajudou. Já os Estados do Sul sofrem com a estiagem que atinge a agroindústria e setores que fornecem para a agropecuária.
    O crescimento da produção em janeiro foi interpretado por analistas como um "soluço", que nem sequer recuperou a perda de dezembro –de 3,3% frente a novembro.

    Já para fevereiro consultorias esperam uma nova queda da produção, com forte retração da fabricação de veículos e outros itens de peso do setor industrial.

    ACUMULADO EM 12 MESES

    Um sinal que aponta queda em fevereiro é o predomínio de taxas negativas no acumulado em 12 meses até janeiro, com queda em 15 dos locais pesquisados.

    As principais perdas foram registradas por Amazonas (-5,6%), Paraná ( -6,6%) e Rio Grande do Sul (-5,4%), enquanto Espírito Santo ( 7,3%) mostrou o maior avanço. Em São Paulo, a retração, de 6,2%, foi a de maior peso no índice e superou a média nacional, que foi de recuo de 3,5% –o maior desde maio de 2010.

    Mantido o cenário de juros mais altos, piora do mercado de trabalho (com freada do emprego e da renda) e desaceleração da economia mundial, as previsões apontam uma retração da indústria de até 3% neste ano e do PIB da ordem de 1%.

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