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    Alta global do dólar ajuda a derrubar ações de petroleiras

    DO "FINANCIAL TIMES"
    DE SÃO PAULO

    11/03/2015 02h00

    O dólar subiu quase 1,3% nesta terça (10) em relação ao euro, derrubando, em todo o mundo, os preços de commodities, moedas e ações, inclusive as da Petrobras.

    A valorização decorre do início da injeção de recursos por meio da compra de títulos públicos pelo Banco Central Europeu e da perspectiva de aumento de juros americanos neste ano.

    O euro, que já caiu 13,1% diante do dólar desde o início do ano, recuou para menos de US$ 1,07 por unidade em Londres, menor valor em quase 12 anos. A expectativa de analistas é que a moeda europeia e o dólar cheguem na paridade ainda neste ano.

    A ascensão da moeda americana e o declínio do euro refletem a crescente divergência de política monetária.

    Os EUA, com a economia em recuperação, devem subir os juros neste ano (as apostas vão de junho a setembro). Do outro lado do Atlântico, a zona euro iniciou o programa de estímulo para impedir nova recaída na recessão –o processo envolve a compra de € 1,1 trilhão em títulos de dívida.

    Editoria de arte/Folhapress

    Uma das consequências da alta do dólar é que o preço do petróleo tipo Brent, negociado em Londres, caiu 3,53%, a US$ 58,39. Geralmente, a cotação do barril recua com a valorização do dólar. Em Nova York, o barril caiu 3,4%, para US$ 48,29.

    A baixa do petróleo fez estrago na maioria das ações de companhias do setor. As ações preferenciais (sem voto, mais negociadas) da Petrobras recuaram 4,04% e fecharam a R$ 8,55 nesta terça, primeiro dia de depoimento na CPI da Petrobras. As ações ordinárias (com voto) tiveram baixa de 5,35% para R$ 8,32.

    Depois da Petrobras, as maiores baixas entre grandes petroleiras foram as de BP (-3,95%), Shell (3,4%), Total (-3,22%), ConocoPhillips (-1,78%), ExxonMobil (-1,06%) e Chevron (-1%).

    BRASIL

    No Brasil, a Bolsa fechou em baixa pelo quinto dia seguido. O Ibovespa teve desvalorização de 1,8%. Bolsas americanas e europeias também fecharam em queda.

    Diferentemente do restante do mundo, o dólar recuou no Brasil, após seis pregões seguidos de alta. A moeda, que tinha batido em R$ 3,17 no início do dia, recuou 0,73%, valendo R$ 3,093 no câmbio à vista (referência do mercado financeiro).

    O dólar comercial teve queda de 0,79%, voltando para R$ 3,104. "[O recuo] Foi uma correção normal, após as fortes altas dos últimos dias", disse Ignácio Rey, economista da Guide Investimentos.

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