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    Após trégua, dólar volta a subir e é cotado a R$ 3,12; Bolsa tem alta

    DE SÃO PAULO

    11/03/2015 10h49

    O dólar volta a subir em relação ao real nesta quarta-feira (11) e já é cotado a R$ 3,12, depois de ensaiar uma trégua no dia anterior. A Bolsa sobe e interrompe série de cinco quedas.

    Às 14h45, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha alta de 0,83%, a R$ 3,119. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, avançava 0,57%, a R$ 3,122, no mesmo horário.

    Às 14h45, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, subia 1,03%, a 48.791 pontos. Das 68 ações negociadas, 41 subiam, 26 caíam e uma se mantinha inalterada no horário.

    REAJUSTE

    O dólar retoma sua trajetória de alta no mercado brasileiro, após fechar em baixa pela primeira vez em mais de uma semana no dia anterior. No início da sessão, a moeda reagiu ao acordo alcançado entre o governo e Congresso sobre o reajuste da tabela do Imposto de Renda.

    "O acordo, fechado entre o ministro Joaquim Levy (Fazenda) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), teria mostrado um consenso entre o governo e Congresso na tentativa de colocar as contas em dia", afirma Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

    Em relatório, Marco Aurélio Barbosa, analista da CM Capital Markets, avalia que há esforços para tenta reduzir as tensões entre os dois poderes. "Há enorme vontade do governo de reduzir a temperatura da 'panela de pressão' em que se encontra sua relação com as Presidências da Câmara e do Senado, tentando trazer o PMDB para o lado governista, de fato", ressalta.

    "O importante aqui para o mercado financeiro é que isso ocorra sem que o ajuste fiscal fique descaracterizado. Pois a retaliação do partido ao seu possível 'escanteamento' será votando contra as medidas fiscais e determinando uma pauta de votação hostil ao governo no Congresso", avalia Barbosa.

    Na manhã desta terça, o Banco Central deu sequência ao seu programa de intervenções no mercado de câmbio, negociando contratos de swap cambial (equivalentes a uma venda futura de dólares).

    BOLSA

    Além do acerto em torno do reajuste da tabela do IR, os investidores analisam dados de produção industrial na China.

    O crescimento do investimento, das vendas no varejo e da produção industrial da China ficou abaixo das expectativas em janeiro e fevereiro, atingindo mínimas de vários anos e deixando investidores com poucas dúvidas de que a economia ainda está perdendo força e tem necessidade de mais medidas de apoio.

    A produção industrial da China cresceu 6,8% em janeiro e fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira, a expansão mais fraca desde a crise financeira global no final de 2008.

    "Como dá para notar, o desaquecimento chinês é um fato. Todavia, não consideramos um 'hard landing' (pouso duro), de modo que muito dessa redução do ritmo de crescimento já se encontra incorporada ao preço dos ativos", ressalta Barbosa, em relatório.

    As ações da Vale, que tem no gigante asiático o principal destino para suas exportações de minério de ferro, operam em baixa neste pregão. Às 14h46, os papéis preferenciais da mineradora caíam 1,08%, a R$ 16,39. No mesmo horário, as ações ordinárias tinham queda de 0,73%, a R$ 18,96.

    Os papéis da Petrobras se recuperam da queda sofrida na sessão anterior, quando foram fortemente impactados pela queda dos preços do petróleo. Às 14h46, os papéis preferenciais –mais negociados e sem direito a voto– tinham alta de 2,69%, a R$ 8,78. No mesmo horário, as ações ordinárias –com direito a voto– subiam 2,28%, a R$ 8,51.

    O petróleo opera em alta no mercado internacional. Às 14h46, o barril do WTI, negociado em Nova York, caía 1,49%, a US$ 47,57. O Brent, negociado em Londres, tinha alta de 1,13%, a US$ 57,03.

    No radar dos investidores também está a revisão do PIB (Produto Interno Bruto) de 2001 a 2011. O IBGE divulgou nesta quarta-feira os dados definitivos do PIB no período e concluiu que a economia brasileira cresceu mais do que o estimado originalmente, após sua mais recente revisão metodológica.

    Folhainvest

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