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    Dólar em espécie chega a custar R$ 3,48 em casas de câmbio de São Paulo

    THAIS FASCINA
    DANIELLE BRANT
    DE SÃO PAULO

    13/03/2015 15h29

    Nesta sexta-feira (13), o dólar bateu R$ 3,28 , tanto considerando o preço da moeda americana à vista, usada como referência para negociações no mercado financeiro, quanto de comercial, utilizada no comércio exterior.

    Em sete casas de câmbio da cidade de São Paulo consultadas pela Folha, no entanto, o valor pago pelo turista é maior (veja preços em tabela abaixo).

    As instituições financeiras têm a prerrogativa de atribuir o valor que desejarem à moeda, que é um produto como qualquer outro. Por isso, é importante pesquisar e comparar preços antes de comprar.

    O dólar turismo em espécie, por volta das 13h30, variava entre R$ 3,36 e R$ 3,48. No cartão pré-pago, o preço ia de R$ 3,55 a R$ 3,66. Os valores já consideram imposto –IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) de 0,38% para compra de dinheiro vivo e de 6,38% no cartão– e não incluem taxas de serviços, cobradas por algumas empresas.

    Assim, o cliente que precisar comprar US$ 1.000 em espécie, por exemplo, terá de desembolsar até R$ 3.480. Já no cartão pré-pago, até R$ 3.660.

    Porém, vale lembrar que a aquisição do cartão pré-pago pode custar até R$ 12. Algumas casas de câmbio não cobram nenhum valor, mas exigem uma quantia mínima de crédito, que pode variar entre US$ 100 e US$ 200.

    PREÇOS DO DÓLAR EM CASAS DE CÂMBIO DE SP

    CASA DÓLAR EM ESPÉCIE DÓLAR NO CARTÃO PRÉ PAGO
    Máxima Câmbio R$ 3,45 R$ 3,62
    Confidence R$ 3,48 R$ 3,66
    Western Union R$ 3,42 R$ 3,62
    Sol R$ 3,36 R$ 3,55
    Cotação R$ 3,47 R$ 3,64
    Madeltur (Shopping Iguatemi) R$ 3,41 R$ 3,64
    Getmoney R$ 3,44 R$ 3,65

    CAUSA E EFEITO

    Para Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, o principal motivo para a desvalorização do real é a crise política que pode "prolongar a crise econômica".

    "Os protestos do próximo domingo podem abalar ainda mais a popularidade da presidente Dilma Rousseff e dificultar a implementação das medidas de ajuste fiscal necessárias para colocar as contas do governo em uma trajetória sustentável e, assim, evitar o rebaixamento da nota de crédito brasileira pelas agências de classificação de risco", diz Rostagno.

    Mas não são só as tensões domésticas que impulsionam o dólar ante o real. O cenário externo também contribui para a forte valorização da moeda americana. Das 24 principais moedas de países emergentes, 21 se desvalorizam em relação ao dólar nesta manhã.

    Na semana que vem ocorre a reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e analistas esperam que a autoridade monetária retire de seu comunicado a palavra "paciente" ao se referir a um possível aumento da taxa de juros nos Estados Unidos.

    Uma elevação dos juros deixa os títulos americanos -considerados de baixo risco e cuja remuneração acompanha a oscilação da taxa- mais atraentes aos investidores internacionais, que preferem aplicar seus dólares lá a levar os recursos para países de maior risco -como emergentes, incluindo o Brasil.

    Diante da perspectiva de entrada menor de dólares no Brasil, o preço da moeda americana sobe em relação ao real.

    Folhainvest

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