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    Dólar e Bolsa oscilam antes da reunião do banco central dos EUA

    DE SÃO PAULO

    18/03/2015 10h55

    O dólar oscila nesta quarta-feira (18), à espera da reunião do banco central americano em que deve definir a política monetária dos Estados Unidos.

    Às 10h58, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, caía 1,12%, para R$ 3,240. No mesmo horário, o dólar comercial tinha leve alta de 0,30%, para R$ 3,241.

    A Bolsa também apresenta instabilidade, após registrar, no pregão anterior, a maior alta diária em dois meses. Às 11h10, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, subia 0,10%, para 50.333 pontos. Das 68 ações negociadas, 40 caíam, 26 subiam e duas operavam estáveis.

    Os investidores observam as tensões políticas no país e aguardam a reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano), prevista para esta tarde.

    GOVERNO

    As incertezas políticas continuam no radar dos investidores. Nesta quarta-feira saiu pesquisa Datafolha que mostrou que 62% dos brasileiros classificam a gestão da presidente Dilma Rousseff como ruim ou péssima. É a primeira vez que a petista enfrenta insatisfação da maioria da população em relação ao seu governo.

    "Os números que saíram sobre a aprovação da presidente levam a uma expectativa de redução de sua força junto ao Congresso, o que pode impactar nas propostas referentes ao ajuste fiscal", avalia Marcio Cardoso, sócio-diretor da corretora Easynvest. "Mas o Congresso tem noção de que se o Brasil perdesse o grau de investimento, não seria bom para o país"

    Mas uma notícia ajudou a aliviar um pouco dessa tensão política. O Congresso aprovou nesta quarta-feira o Orçamento de 2015. Em meio a medidas de arrocho fiscal anunciadas pelo governo, o orçamento tem medidas que impactam nas finanças da União.

    Na manhã desta quarta, o Banco Central deu sequência às vendas de contratos de swap cambial (que equivalem a uma venda futura de dólares) que tem sido feitas normalmente, segundo programa de intervenções no mercado já em vigor.

    EXTERIOR

    No exterior, as principais moedas também oscilam à espera da reunião do Fed. Das 24 principais divisas de emergentes, 17 se valorizavam em relação à moeda americana nesta sessão.

    No encontro do BC americano desta quarta (18), a expectativa é que a presidente do Fed, Janet Yellen, mude o tom do discurso e sinalize quando pretende iniciar a elevação da taxa de juros do país.

    "Tirar uma palavra ou não importa pouco. O que importa é a velocidade com que o Fed vai fazer isso, e isso depende do crescimento da economia americana", avalia Cardoso.

    Um aumento dos juros deixa os títulos americanos -considerados de baixo risco e cuja taxa de remuneração acompanha a oscilação do juro básico- mais atraentes aos investidores internacionais, que preferem aplicar seus dólares lá a levar os recursos para países de maior risco -como emergentes, incluindo o Brasil.

    Diante da perspectiva de entrada menor de dólares no Brasil e em outros emergentes, o preço da moeda americana sobe.

    BOLSA

    Na Bolsa, destaque para os papéis da Vale e da Petrobras. Às 11h10, os papéis preferenciais da Petrobras –mais negociados e sem direito a voto– subiam 0,44%, cotados a R$ 8,93. As ações ordinárias, com direito a voto, tinham alta de 0,22%, para R$ 8,73, no mesmo horário.

    "A Petrobras quer se desfazer de ativos sem injeção de recursos do Tesouro, o que é positivo", avalia Cardoso, da Easynvest.

    Às 10h54, as ações preferenciais da Vale caíam 3,02%, para R$ 16,67. No mesmo horário, as ordinárias tinham desvalorização de 3,06%, para R$ 19,27.

    As ações da Ecorodovias registram a maior baixa do pregão. Às 11h01, os papéis da empresa caíam 5,47%, para R$ 8,98, após o resultado do leilão da ponte Rio-Niterói. A empresa venceu o leilão ao apresentar uma tarifa de pedágio de R$ 3,2844, um deságio de 36,67% em relação à tarifa máxima de pedágio estipulada, de R$ 5,1862.

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