De acordo com economistas e instituições financeiras consultadas pelo Banco Central, a inflação deve fechar o ano em 8,12% –há uma semana, a esperava-se que fechasse em 7,93%. O índice ficaria, assim, acima da meta de inflação, de 6,50% ao ano.
É a primeira vez que a expectativa sobre a inflação para este ano ultrapassa 8%. Os dados se referem ao centro das estimativas (mediana) dos economistas consultados e fazem parte do Boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pela autoridade monetária.
Para 2016, projeta-se inflação de 5,61% –há uma semana, esperava-se que fosse 5,60%.
RECUPERAÇÃO DO PIB EM 2016
A expectativa sobre o crescimento em 2015 também diminuiu. Espera-se que o PIB se retraia em 0,83% em 2015. Há uma semana, esperava-se encolhimento de 0,78% no ano.
É a 12ª semana consecutiva em que os economistas reveem para baixo as suas previsões para o crescimento do PIB em 2015.
A expectativa de recuperação para 2016 também caiu de 1,30% na semana passada para 1,20% nesta semana. É a terceira semana seguida em que a previsão para o ano que vem é ajustada para baixo.
Durante cinco semanas terminadas no dia 27 de fevereiro, a expectativa de crescimento tinha se mantido estável em 1,5%. Desde o dia 6 de março, começou a cair.
JURO BÁSICO EM 13%
Apesar da perspectiva de inflação maior, a expectativa sobre a taxa Selic, juro básico do país e uma das principais ferramentas do governo para controlar o índice, manteve-se a mesma da semana passada, em 13% ao ano para o fim do ano –atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano.
Espera-se que a Selic feche 2016 em 11,50% ao ano, a mesma taxa prevista há uma semana.
A taxa de câmbio, que chegou a bater R$ 3,30 na semana passada, terminar 2015 em R$ 3,15, segundo os economistas consultados. Há uma semana, esperava-se que fechasse em R$ 3,06.
Para 2016, a expectativa é de R$ 3,20 no fim do ano –há uma semana, a previsão era de que fechasse em R$ 3,11.