• Mercado

    Sunday, 19-May-2024 09:29:52 -03

    Ministro não vê crise e minimiza demissões no setor automotivo

    RODRIGO MORA
    DE SÃO PAULO

    26/03/2015 17h49

    Apesar dos resultados ruins registrados pela indústria automotiva em 2014 e no início de 2015, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou que uma suposta crise "passa longe" do setor automotivo, e que os programas de "lay-off" (suspensão temporária do contrato de trabalho) executados pelas montadoras instaladas no país são "adequados".

    "Há sim uma queda nas vendas, mas não uma crise. Temos um mercado de grande dimensão, e a retomada das vendas ocorrerá ainda este ano", disse o ministro. Ele afirmou também que seu ministério "está ciente de que as empresas têm se esforçado para manter os investimentos e não demitir".

    O ministro participou nesta quinta-feira (26) de uma reunião com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos) e executivos de marcas instaladas no país, como o presidente da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) para a América Latina, Cledorvino Belini, e o vice-presidente da Ford para o Brasil e América do Sul, Rogelio Golfarb.

    Contudo, os números registrados pela indústria automotiva em 2014 deixaram toda a cadeia em alerta. A venda de carros caiu 7,1%, registrando o pior desempenho em 12 anos; a produção teve retração de 15,3%, e no ano passado a indústria automotiva demitiu 12,3 mil pessoas.

    No primeiro bimestre de 2015, houve queda de 23,1% no total de vendas de veículos em relação a igual período no ano passado.

    EXPORTAÇÕES

    Com o dólar valorizado, a Anfavea quer incrementar as exportações. Segundo Armando Monteiro, o acordo bilateral com a Argentina deve ser renovado até junho e sofrerá alguns "ajustes" (ainda não divulgados).

    "As importações representam um canal importante nesse momento e o setor automotivo dará uma importante contribuição para elevar os números", disse o ministro.

    De acordo com Luiz Moan, presidente da Anfavea, além da Argentina, a indústria automotiva nacional quer fortalecer as relações com outros países, além de ter novos parceiros.

    "Conversamos muito com a Argentina, mas também com a Colômbia, e queremos abrir um canal com o Equador e com o Peru", revelou Moan.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024