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    Levy faz ressalvas à atuação do Banco Central no câmbio

    SOFIA FERNANDES
    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    31/03/2015 22h55

    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez ressalvas ao programa do Banco Central de swaps cambiais, dizendo que os custos são altos e "tudo o que a gente dá com uma mão, acaba o BC tendo que tirar com a outra".

    Ele respondia a questionamento de senadores, em audiência na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), nesta terça-feira (31), quando defendeu ser necessário diminuir a dualidade do mercado de juros no país.

    Segundo ele, quando se libera recursos de depósitos compulsórios para financiar determinadas atividades, o Banco Central precisa "trazer essa liquidez de volta", a custos mais altos.

    "São escolhas. Vamos apoiar isso [a política de swap], mas tem um custo do outro lado", disse Levy.

    Sérgio Lima/Folhapress
    Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado
    Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado

    "O que precisa é de muita disciplina com a mão esquerda, vamos dizer assim. Eu sou canhoto até", afirmou.

    O programa de leilões de swap do Banco Central tem objetivo de proteger o real de desvalorização.

    O estoque desses contratos de câmbio nas mãos do mercado financeiro chegou a US$ 114 bilhões, segundo o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, o equivalente a 30% das reservas internacionais do país.

    RAÇÃO DIÁRIA

    Na semana passada, o BC decidiu pelo fim das intervenções diárias no mercado de câmbio, que vinham contribuindo desde 2013 para evitar uma valorização maior do dólar.

    O BC anunciou, porém, que continuará a renovar integralmente o estoque de contratos que já está na mão do mercado, cerca de US$ 114 bilhões –30% das reservas internacionais.

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