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    Dólar cai e Bolsa sobe após fala de Levy no Senado

    DE SÃO PAULO

    01/04/2015 11h04

    O dólar cai nesta quarta-feira (1º) e a Bolsa sobe após a fala do ministro Joaquim Levy (Fazenda) em audiência no Senado, na última terça-feira (31).

    Às 10h46, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha queda de 0,89%, para R$ 3,175. No mesmo horário, o dólar comercial tinha queda de 0,43%, para R$ 3,178. Na menor cotação do dia até o momento, ambos atingiram R$ 3,13 nos primeiros negócios.

    Às 10h49, a Bolsa brasileira tinha alta de 1,52%, para 51.929 pontos.

    LEVY

    As sete horas de audiência de Levy na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado renderam avanços para o governo, de acordo com analistas ouvidos pela Folha.

    O ministro conseguiu convencer os senadores a incluir a proposta do governo para a renegociação da dívida de Estados e municípios com a União no texto que tramita no Senado.

    "Isso é bem visto porque Levy é o avalista do processo que poderá tirar o Brasil desse ostracismo que ele está agora", afirma Marcio Cardoso, sócio-diretor da corretora Easynvest.

    Mesmo com o deficit recorde nas contas do Tesouro em fevereiro, a avaliação do mercado é que Levy está tentando fazer os ajustes necessários para alcançar a meta de poupar 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) para pagar os juros da dívida pública.

    PRODUÇÃO INDUSTRIAL

    Após uma recuperação em janeiro (que não repôs, porém, as perdas dos meses anteriores), a produção industrial não sustentou a retomada e caiu 0,9% na comparação com o primeiro mês do ano, na taxa livre de influências sazonais (típicas de cada período).

    "Esse indicador dá uma sinalização importante do que devemos esperar para o desempenho das empresas de capital aberto (industriais) nesse primeiro trimestre. As incertezas relacionadas à economia local vêm determinando a realocação de estoques, com forte freada nos investimentos", afirma Marco Aurélio Barbosa, analista da CM Capital Markets, em relatório.

    "Existe uma desconfiança do empresariado de maneira geral. Quem conseguiu segurar projeto neste ano, está segurando, mas quem não conseguiu está imprimindo uma velocidade menor, aguardando uma melhora dos dados macroeconômicos", ressalta Cardoso, da Easynvest.

    EXTERIOR

    Dados do setor privado dos Estados Unidos mostraram criação de 189 mil postos de trabalho no mês passado, abaixo das expectativas de economistas e o menor nível desde janeiro de 2014, segundo relatório da processadora de folhas de pagamento ADP divulgado nesta quarta-feira.

    A abertura de vagas em fevereiro foi revisada para 214 mil, ante 212 mil informadas anteriormente.

    Com isso, o dólar recua em relação à maioria das divisas emergentes nesta sessão. Das 24 principais moedas de países emergentes, 19 se valorizam em relação ao dólar.

    Dados de setores industriais e de serviços da China mostraram que o crescimento no país ainda está fraco, ampliando as apostas de que o governo chinês terá que adotar mais medidas de suporte para evitar uma forte desaceleração.

    Três indicadores mostraram que as empresas chinesas cortaram empregos no mês passado, uma vez que enfrentaram dificuldades com a demanda fraca e pressões deflacionárias, sugerindo que o crescimento econômico pode ter caído abaixo de 7 por cento no primeiro trimestre de 2015, o que seria o ritmo mais fraco em seis anos.

    BOLSA

    Os dados ruins de China pesam sobre a Vale. Às 10h55, os papéis preferenciais da mineradora tinham queda de 1,55%, para R$ 15,20. As ações ordinárias caíam 1,56%, para R$ 17,66.

    As ações da Petrobras sobem nesta quarta e tentam retomar o patamar de R$ 10. Às 10h55, os papéis preferenciais da petrolífera, os mais negociados e sem direito a voto, tinham alta de 4,41%, para R$ 10,17. As ações ordinárias, com direito a voto, subiam 4,90%, para R$ 10,05, no mesmo horário.

    Às 10h56, os papéis preferenciais da Oi subiam 7,99%, para R$ 5,54, e as ações ordinárias disparavam 10,31%, para R$ 5,67, após acionistas da Telemar aprovarem proposta de conversão de ações da companhia de telecomunicações.

    Com Reuters

    Folhainvest

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