• Mercado

    Wednesday, 01-May-2024 14:42:47 -03

    Desacreditado inicialmente como "iPhone de Itu", iPad faz cinco anos

    DE SÃO PAULO

    03/04/2015 15h38

    Lançado em 3 de abril de 2010 pelo então líder da Apple, Steve Jobs, o iPad levantou uma questão: para que serviria aquilo?

    A resposta, hoje, parece óbvia: o tablet é usado para ler revistas, jornais e livros, assistir filmes e séries, atualizar as redes sociais, anotar recados e compromissos.

    "O iPad é um minicomputador cuja interface parece um iPhone expandido", tentou explicar o próprio Jobs durante a cerimônia de apresentação para o público.

    O termo "tablet" causou até discussões sobre que tradução seria mais apropriada na edição impressa. O termo em inglês acabou sendo o escolhido.

    Kimberly White-27.jan.10/Reuters
    Steve Jobs apresenta a primeira versão do iPad; tablet roubado de sua casa foi encontrado com um palhaço

    "IPHONE DE ITU"

    A Folha, na época, publicou uma análise chamando o tablet de iPhone de Itu e afirmando que a Apple estava voltando a 1989, quando tentou pela primeira vez criar um minicomputador, o "Macintosh Portable".

    "Não tem câmera, tampouco entrada USB. Não roda páginas em flash. Executa só uma tarefa por vez. Embora seja um portátil, não vem com GPS. A não ser que você use um macacão, não entrará no seu bolso", pregava a crítica.

    John G. Mabanglo/Domínio Público/Efe
     Macintosh Portable, um dos maiores fracassos da história da Apple, e o tablet iPad, apresentado hoje
    Macintosh Portable, um dos maiores fracassos da história da Apple, e o iPad, lançado em 2010

    Outras piadas também foram feitas comparando a imagem de Steve Jobs segurando o iPad com a figura de Moisés levantando a tábua com os Dez Mandamentos.

    Fotomontagem
    *Saga bíblica:* Steve Jobs, o líder da Apple (à direita), ergue a tábua digital iPad, apresentada nesta quarta, nos EUA, pela Apple
    Saga bíblica: Steve Jobs, o líder da Apple (à direita), ergue a tábua digital iPad, apresentada nesta quarta, nos EUA, pela Apple

    Mas havia entusiastas que apostavam que o novo brinquedo do profeta hi-tech iria exterminar o mercado de eReaders e netbooks nos meses seguintes –ou pelo menos pautá-lo. De quebra, salvaria os conglomerados de mídia, que contariam com a renda das plataformas on-line para fechar as contas

    Uma enquete foi feita aos leitores, em janeiro de 2010, com a pergunta "o iPad vai repetir o sucesso do iPod, lançado em 2001?". A maioria (67%) respondeu que "não".

    Porém, na primeira semana de distribuição do produto nos Estados Unidos, a Apple já anunciava que iria atrasar em um mês o lançamento internacional do tablet "devido às vendas acima do esperado nos mercado americano".

    Em dois meses, a Apple anunciou ter vendido mais de 2 milhões de unidades do iPad. E, em menos de um ano após o lançamento, os aplicativos já representam uma indústria que movimentava R$ 50 milhões por ano.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024