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    Com alta do dólar, mercado espera nova emissão de ações da Petrobras

    DO RIO

    13/04/2015 02h00

    O crescimento da dívida da Petrobras devido à alta do dólar tem reacendido no mercado a expectativa de que a empresa volte a fazer uma operação de aumento de capital –emissão de ações para levantar recursos com os acionistas.

    A discussão, sempre latente, voltou à mesa depois de a empresa ter obtido empréstimo com a China, no valor de US$ 3,5 bilhões, há duas semanas.

    Em relatório enviado a clientes, o Bradesco diz que o empréstimo aumentava o grau de endividamento e também a chance de a capitalização acontecer no curto prazo.

    Da dívida bruta, de R$ 331,5 bilhões em setembro, 70% são em dólar.

    "Isso nos leva a crer que um aumento de capital no curto prazo está se tornando a solução mais provável", diz o relatório.

    Analistas estimam que um dos indicadores de débito, a relação entre dívida líquida e Ebitda (indicador de geração de caixa), tenha ido de 4,6 em setembro para 5 vezes hoje e chegue a 6 até o fim do ano.

    Ao fim de 2013, o indicador era 3,5. A então presidente, Graça Foster, prometia reduzi-lo a 2,5 ao fim de 2015, desde que houvesse reajustes de combustíveis.

    O analista Flávio Conde concorda com a avaliação, mas, em sua opinião, a capitalização só teria espaço para acontecer em 2016.

    "A venda prometida de ativos, em US$ 13,6 bilhões, faz pouca diferença na redução da dívida, por isso vejo como possível. Não agora, com tantos problemas a resolver."

    Quando uma empresa emite novas ações, acionistas têm que aportar mais dinheiro adquirindo os papéis, na proporção de suas participações. Quem não acompanha passa a ter uma fatia menor.

    O mais recente aumento de capital, em 2010, levantou R$ 120 bilhões, elevando seu valor de mercado para R$ 370 bilhões.

    O volume porém, não entrou no caixa da empresa: o governo aportou sua parte, R$ 75 bilhões, com a transferência, para a Petrobras, do direito de explorar 5 bilhões de barris em reservas da União, no pré-sal.

    A estatal não se pronunciou sobre o assunto.

    Folhainvest

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