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    Dólar sobe a R$ 3,12 após protestos no Brasil e acompanhando exterior

    DE SÃO PAULO

    13/04/2015 11h08

    O dólar sobe pelo segundo dia, e atingiu R$ 3,12 nesta segunda-feira (13), acompanhando a valorização da moeda americana no exterior e após os protestos contra o governo brasileiro realizados no último domingo (12).

    Das 24 principais moedas emergentes, 23 se depreciam em relação ao dólar.

    Investidores analisam a pesquisa Datafolha que mostra que a popularidade da presidente Dilma Rousseff parou de cair, embora a maioria apoie a abertura de um processo de impeachment contra a presidente.

    Para Marco Aurélio Barbosa, analista da corretora CM Capital Markets, o apoio dos consultados pela pesquisa Datafolha ao processo de impeachment é a informação mais importante a ser avaliada no cenário interno. "Esse dado é um enorme 'combustível político' para a oposição e até mesmo para setores governistas insatisfeitos", diz, em relatório.

    "A articulação política vai ter que se desdobrar para evitar que pressões oportunistas da base aliada coloquem o governo no corner [quina] novamente e ameace os principais pontos do ajuste fiscal que estão tramitando no Congresso", ressalta.

    Às 16h10, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 1,46%, para R$ 3,117. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha alta de 0,97%, para R$ 3,11.

    Às 16h10, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tinha queda de 0,19%, para 54.113 pontos, impulsionado pela valorização de mais de 3% das ações da Petrobras.

    No exterior, a desaceleração da economia chinesa, evidenciada pela queda nas exportações da segunda maior economia do mundo, preocupa os investidores, mas também pode indicar que o país asiático está mais próximo de adotar medidas de estímulos.

    As exportações da China caíram 15% em março, enquanto as importações caíram 12,7% em comparação com um ano antes. Isso demonstra que a demanda doméstica se mantém fraca.

    INFLAÇÃO

    A boa notícia veio da pesquisa semanal do Banco Central com economistas, que, pela primeira vez em 15 semanas, reduziu a projeção para a inflação em 2015. Agora, o mercado espera que o IPCA (índice oficial) encerre o ano em 8,13%. Há uma semana, esperava-se que o IPCA chegasse a 8,20%.

    BOLSA

    As ações da Petrobras sobem pelo terceiro dia, com a notícia de que a empresa pode fazer nova emissão de ações para poder levantar recursos e pagar sua crescente dívida.

    A discussão voltou à tona depois de a empresa ter obtido empréstimo com a China, no valor de US$ 3,5 bilhões, há duas semanas. Rumores de que a empresa deve divulgar o balanço na próxima segunda também ajudam a impulsionar os papéis da petrolífera, assim como notícia do site do "Valor" sobre a possibilidade de venda de participação da estatal na petroquímica Braskem para fazer caixa.

    Às 16h11, os papéis preferenciais da estatal –mais negociados e sem direito a voto– subiam 3,38%, para R$ 12,22, enquanto os ordinários, com direito a voto, tinham alta de 4,90%, para R$ 12,41.

    Desde que atingiram seu menor patamar em dez anos, em 30 de janeiro, as ações da petrolífera já se valorizaram mais de 50%. Os papéis preferenciais acumulam ganho de 50,8%, enquanto os ordinários têm valorização de 55%.

    As ações da Vale caem, afetadas por relatório da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) que indica que vai rebaixar em duas ou três semanas os ratings da Vale e de outras sete mineradores, por conta da redução dos preços estimados para o minério de ferro neste e nos próximos anos.

    Às 16h13, os papéis preferenciais da mineradora tinham queda de 2,47%, para R$ 14,98. As ações ordinárias caíam 1,79%, para R$ 18,09, no mesmo horário.

    Folhainvest

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