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    Prévia da inflação fica em 8,22% em 12 meses, a maior desde 2004

    DE SÃO PAULO

    17/04/2015 09h55

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 8,22% em 12 meses, o maior nível desde o período terminado em janeiro de 2004, quando houve alta de 8,46%.

    O resultado foi influenciado pelo aumento de preços da energia elétrica (leia mais abaixo).

    O número superou o centro das estimativas (mediana) de economistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, de alta de 8,17% para o período.

    Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta sexta-feira (17).

    Quando considerado apenas o mês de abril, o índice de inflação teve alta de 1,07%, uma desaceleração em relação a março, quando o aumento foi de 1,24%.

    O valor apresentado agora é o maior para um mês de abril desde 2003 e também superou o centro das estimativas de economistas ouvidos pela Bloomberg, de alta de 1,02%.

    Em abril de 2014, a alta foi de 0,78%.

    IPCA-15

    HABITAÇÃO TEM MAIOR ALTA, PUXADA POR ENERGIA

    Dentre nove grupos de serviços pesquisados, habitação teve a maior alta de preços, de 3,66% –em março, a alta havia sido de 2,78%.

    Com isso, o setor foi o que mais influenciou a inflação geral. Da alta de 1,07%, 0,55 ponto percentual vem do aumento do custo de habitação, aponta o IBGE.

    Esse custo é puxado pelo aumento de preço da energia elétrica, de 13,02% em razão de ajustes que entraram em vigorar em 2 de março.

    Entre eles está a bandeira vermelha, que aumentou 83,33% ao passar de R$ 3,00 para R$ 5,50 por cada 100 kWh (quilowatts/hora).

    Indicada por uma bandeirinha na conta de luz, ela representa uma cobrança extra para cobrir os custos do uso de fontes de energia mais caras, como termelétricas, que estão sendo usadas como alternativa em um contexto de baixa dos reservatórios das hidrelétricas.

    ALIMENTAÇÃO SOBE

    Em segundo lugar, fica o setor alimentação e bebidas, que teve alta de 1,04%, uma desaceleração em relação ao resultado de março, quando houve alta de 1,22%.

    O setor de vestuário teve alta de 0,94% em abril; o setor de despesas pessoais, de 0,57%; transportes subiram 0,33% em abril; educação teve alta de 0,14%; saúde e cuidados pessoais, de 0,44%; e artigos de residência, alta de 0,68%.

    O único setor que teve queda foi o de comunicação, com baixa de 0,03% dos preços. O impacto percentual sobre a inflação geral, no entanto, é de apenas -0,01%.

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