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    Banco do Brasil faz empréstimo de R$ 4,5 bilhões à Petrobras

    SAMANTHA LIMA
    DO RIO

    17/04/2015 21h32

    Com a ajuda de bancos estatais e do Bradesco, além da decisão de vender plataformas, a Petrobras anuncia já ter conseguido equacionar sua necessidade de financiamento para 2015, a apenas cinco dias de entregar o balanço de 2014, atrasado desde 30 de março.

    As operações fechadas somam R$ 18,7 bilhões.

    Com isso, a empresa afasta, definitivamente, o risco de chegar ao fim do ano com o caixa no limite mínimo de US$ 10 bilhões, como previu em março, antes de realizar operações de crédito.

    Do Banco do Brasil, de onde vieram o atual presidente e diretor financeiro da Petrobras, respectivamente Aldemir Bendine e Ivan Monteiro, chegou o desembolso mais imediato, de R$ 4,5 bilhões.

    Segundo o fato relevante, a modalidade foi "nota de crédito à exportação", por meio da BR Distribuidora.

    Nacho Doce/Reuters
    Aldemir Bendine, presidente da Petrobras
    Aldemir Bendine, presidente da Petrobras

    RESERVA

    Além disso, a estatal aprovou dois limites de financiamento, que, segundo a estatal, ficarão como "reserva".

    Um deles foi obtido junto à Caixa Econômica, de R$ 2 bilhões, e o outro, com o Bradesco, no valor de R$ 3 bilhões, ambos com prazo de cinco anos.

    A estatal também vai vender plataformas, no valor total de US$ 3 bilhões (R$ 9,2 bilhões), em um acordo de cooperação com o Standard Chartered.

    O contrato permitirá que a Petrobras readquira as unidades depois de dez anos.

    "Essas operações, somadas a outras já executadas neste ano, atendem às necessidades de financiamento da Companhia para 2015", informou a Petrobras.

    Em março, a empresa já tinha conseguido empréstimo de US$ 3,5 bilhões (R$ 10,7 bilhões) com o Banco de Desenvolvimento da China.

    A taxa desse crédito fornecido pelos chineses, segundo fonte próxima à direção da empresa, foi "inferior a 5% ao ano".

    A Petrobras tinha obtido, em março, aval de seu conselho de administração para levantar até US$ 19,1 bilhões (R$ 58,3 bilhões).

    A empresa contatou vários bancos para prospectarem eventuais compradores para ativos como usinas térmicas, gasodutos e postos de combustível. Aproveitou a divulgação para negar que pretenda vender ativos do pré-sal.

    A estatal disse que vai continuar avaliando oportunidades de financiamento para antecipar parte das necessidades de 2016.

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