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    Dólar e Bolsa caem após China lançar mais estímulos econômicos

    DE SÃO PAULO

    20/04/2015 10h57

    O dólar cai nesta segunda-feira (20), acompanhando o exterior, enquanto a Bolsa tem baixa um dia depois de o banco central da China cortar o valor que os bancos devem manter como reservas.

    Ao diminuir a quantia, o banco central chinês tenta estimular a economia, ao dar mais liquidez ao país para ajudar a incentivar empréstimos bancários e combater a desaceleração do crescimento. A ideia é que o dinheiro retido pelos bancos passe a irrigar a economia.

    Foi a segunda redução em dois meses. O último corte, a mais profunda redução desde o aprofundamento da crise global em 2008, mostra como o banco central está aumentando os esforços para combater uma desaceleração significativa na economia.

    "A decisão de expandir a politica monetária já era esperada depois da divulgação de fracos números do PIB do primeiro trimestre na semana passada. Todavia, há um temor por parte dos investidores que movimentos mais agressivos possam indicar o quanto o governo chinês está preocupado com o enfraquecimento da economia", afirma Marco Aurélio Barbosa, analista da CM Capital Markets, em relatório.

    Para Fabio Lemos, analista de renda variável da São Paulo Investments, a notícia é positiva para o Brasil. "Além de dar suporte à economia chinesa, favorece o mercado de commodities, no qual o Brasil é forte", afirma.

    Das 24 principais divisas emergentes, 13 se valorizavam em relação ao dólar às 13h01.

    No mesmo horário, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha queda de 0,74%, para R$ 3,046. O dólar comercial tinha leve alta de 0,09%, também para R$ 3,046.

    Após iniciar o dia em alta, a Bolsa passou a cair, pressionada pelas ações de bancos e apesar da alta de papéis da Vale e da Petrobras. Às 13h02, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tinha queda de 0,58%, para 53.641 pontos.

    FOCUS

    Economistas e instituições pesquisadas pelo Banco Central voltaram a piorar a perspectiva para a inflação neste ano, após uma trégua na semana anterior.

    Agora, veem a inflação em 8,23% para 2015, contra estimativa anterior de 8,13%. Para 2016, espera-se uma inflação de 5,60%, o mesmo valor estimado na semana anterior.

    A inflação é um dos principais indicadores utilizados pelo BC para determinar a taxa de juros Selic. Na próxima semana, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) se reúne para definir novamente a taxa de juros no país.

    Ainda não há consenso entre os analistas em torno do aumento. Alguns veem novo aumento de 0,50 ponto percentual, o que elevaria os juros para 13,23%. Outros, porém, defendem uma alta de 0,25 ponto percentual, o que deixaria a Selic em 13%, citando eventual agravamento na desaceleração da economia brasileira.

    "O Focus continua mostrando uma dinâmica ruim para a economia brasileira, com aumento da inflação e um PIB pior neste ano", avalia Fabio Lemos, da São Paulo Investments.

    BOLSA

    As ações da Petrobras sobem pelo segundo dia seguido, após a empresa ter conseguido obter um empréstimo na sexta-feira.

    A petrolífera obteve, no total, R$ 18,7 bilhões, afastando o risco de chegar ao fim do ano com o caixa no limite mínimo de US$ 10 bilhões, como previu em março, antes de realizar operações de crédito.

    Às 13h02, os papéis preferenciais, mais negociados e sem direito a voto, tinham alta de 0,92%, para R$ 13,13. As ações ordinárias subiam 0,67%, para R$ 13,36, no mesmo horário.

    Na quarta-feira, a Petrobras divulga seu balanço auditado de 2014, o que também ajuda a impulsionar os papéis.

    A mineradora vale interrompe sequência de três quedas e sobe nesta sessão. Às 13h02, as ações preferenciais da Vale tinham alta de 1,40%, para R$ 15,16. No mesmo horário, os papéis ordinários tinham alta de 0,84%, para R$ 17,95.

    As ações de banco pressionam em baixa o índice. Às 13h03, os papéis do Itaú Unibanco tinham queda de 1,53%, para R$ 35,95. As ações do Bradesco registravam desvalorização de 1,46%, para R$ 30,35.

    O dia será marcado pelo exercício de opções sobre ações, o que costuma trazer um volume financeiro maior para o mercado acionário. A operação é quando investidores optam por exercer ou não o direito de comprar ou vender uma ação por um preço previamente acordado.

    Folhainvest

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