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    Falta de Habite-se adia abertura de novo shopping na av. Paulista

    JOANA CUNHA
    RICARDO GALLO
    DE SÃO PAULO

    21/04/2015 02h00

    Por falta de Habite-se, a inauguração do shopping Cidade São Paulo, novo empreendimento comercial da CCP (Cyrela Commercial Properties), prevista para quinta (23), foi postergada.

    O projeto, que recebeu investimentos de cerca de R$ 500 milhões e abrange, além do shopping, uma torre de escritórios, está localizado na avenida Paulista, no terreno que abrigava o antigo casarão da família Matarazzo.

    Na quinta-feira (16), quando já começava a divulgar a abertura do shopping, a companhia enviou um comunicado aos lojistas avisando sobre o atraso.

    "Enfatizamos que esta mudança está sendo feita por motivo de força maior e em razão de fatores alheios à nossa vontade", informa o comunicado, que responsabiliza a prefeitura pelo atraso.

    Joel Silva/Folhapress
    Vista do shopping Cidade de Sao Paulo, na avenida Paulista
    Vista do shopping Cidade de Sao Paulo, na avenida Paulista

    O comunicado, obtido pela Folha, atualiza a previsão de inauguração para a próxima quarta-feira (29), mas a condiciona à liberação do Habite-se até o dia 24.

    Procurada, a CCP não quis entrar em detalhes sobre o motivo do atraso no Habite-se nem conceder entrevista sobre as perspectivas para o novo negócio.

    Por meio de sua assessoria de imprensa, ressaltou que o dia 29 não é "algo definitivo, mas uma previsão".

    A prefeitura afirmou que não poderia verificar o andamento da concessão do Habite-se porque houve ponto facultativo nesta segunda-feira (20), em razão do feriado de Tiradentes, na terça (21).

    Em comunicado divulgado ao mercado em 2013, a CCP estimava inaugurar o empreendimento no final de 2014. O folder de apresentação do projeto a investidores no site do shopping ainda não atualizou a data.

    Na avaliação de Alberto Serrentino, sócio da consultoria especializada Varese Retail, para os lojistas o principal impacto do atraso é a perda das vendas que antecedem o Dia das Mães, uma das datas mais importante para o comércio.

    "Em situações de atraso, as companhias proprietárias dos shoppings costumam compensar as lojas com abatimento no aluguel. Mas, neste caso, a questão é a venda perdida antes do Dia das Mães. Essa elas não recuperam", diz Serrentino.

    Editoria de Arte/Folhapress

    LOJAS

    Segundo dados da CCP, o shopping terá 160 pontos de varejo, além de cinema e teatro. A área bruta locável fica em torno de 17,5 mil metros quadrados.

    Entre as marcas que assinaram contrato para ter presença no empreendimento estão Kalunga, Lupo, Hope, Fast Shop, Melissa, Burger King e Starbucks.

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