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    Dólar acompanha exterior e cai pela quarta semana; Bolsa sobe

    DE SÃO PAULO

    24/04/2015 17h28

    O dólar fechou em baixa em relação ao real nesta sexta-feira (24) e se manteve abaixo dos R$ 3. Foi a quarta semana seguida de desvalorização da moeda americana.

    Nesta sexta-feira, a moeda refletiu dados fracos de encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos, o que reforça a percepção de que o país está tendo uma recuperação econômica mais lenta do que se previa.

    Das 24 principais moedas emergentes, 12 se desvalorizaram em relação ao dólar e uma encerrou o dia estável.

    O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com queda de 0,31%, para R$ 2,97. Foi o menor patamar desde 3 de março deste ano. Na semana, a queda foi de 3,2%, enquanto no mês a desvalorização já chega a 7,28%. No ano, porém, a moeda segue se valorizando 12%.

    O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, encerrou o dia com queda de 0,87%, para R$ 2,955, também no menor nível desde 3 de março. Na semana, a moeda caiu 2,9%, e no mês, a queda já alcança 7,42%. Em 2015, o dólar comercial tem valorização de 11%.

    Nos Estados Unidos, as encomendas de bens duráveis cresceram 4% em março, após queda de 1,4% em fevereiro.

    "O dado retarda a recuperação nos Estados Unidos, que já preocupou no primeiro trimestre do ano", afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

    Grécia também permaneceu no radar dos investidores. Ministros das Finanças da zona do euro alertaram ao país de que o governo grego não receberá mais ajuda até que concorde com um plano completo de reforma econômica, no momento em que Atenas se aproxima da falência.

    Após uma manhã de negociações com o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, fechou as portas para um pedido de dinheiro antecipado em troca de reformas parciais.

    Mas o alívio também tem a ver com a melhora no cenário político brasileiro, afirma Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "As medidas propostas pelo governo para fazer o ajuste fiscal estão, de uma forma ou de outra, sendo encadeadas. O ministro Joaquim Levy, entrando como articulador e puxando as medidas para si, tirou o peso da taxa que vinha sendo carregada com o risco político", ressalta.

    BOLSA

    O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, fechou em alta de 1,63%, para 56.594 pontos. Foi o terceiro avanço seguido do índice.

    "A pressão para cima é de investidores estrangeiros comprando papéis que consideram baratos na Bolsa. Ainda não vemos um retorno da pessoa física para o mercado de ações", afirma Alexandre Wolwacz, diretor da escola de investimentos Leandro & Stormer.

    O desempenho foi favorecido pelas ações da Vale, que subiram com o avanço de 5,45% dos preços do minério de ferro. Os papéis preferenciais se valorizaram 6,67%, para R$ 18,71. As ações ordinárias tiveram alta de 10%, para R$ 23,20.

    "A Vale claramente entrou em linha de recuperação forte, os bancos também. Os investidores estão correndo para o risco, com a compra de ações e venda de dólar. Isso sustenta a tendência de alta que a gente vem enxergando desde a virada do trimestre", ressalta Figueredo, da Clear.

    As ações da Petrobras fecharam em alta. As ações preferenciais –mais negociadas e sem direito a voto– subiram 2,63%, para R$ 13,26. Os papéis ordinários –com direito a voto– tiveram alta de 4,55%, para R$ 14,70.

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