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    Mesmo na crise, é possível manter viagem de férias

    DE SÃO PAULO

    27/04/2015 02h00

    Além de reduzir gastos com lazer, o administrador de empresas Vinicius Alvarenga, 22, precisou adiar sua viagem para os EUA de julho para outubro, devido à alta de mais de 12% neste ano até a última sexta-feira (24).

    "Seis meses atrás, fiz as contas e conseguiria pagar a passagem e hospedagem. Hoje, só teria dinheiro para o hotel", diz. Mesmo adiando as férias, Alvarenga diz que precisará recorrer às milhas para comprar as passagens.

    Apesar de o salário estar mais curto por causa da inflação, é possível se organizar para manter planos de viagem.

    Uma estratégia para reduzir gastos é usar os programas de milhas também para fechar diárias de hotéis –não apenas para as passagens.

    "Comprar pacotes fechados de turismo ou optar por uma excursão mais curta ajudam a baratear as férias", afirma William Eid, professor de finanças da FGV.

    Para quem quer viajar por mais tempo, a recomendação é comparar o valor total das diárias do hotel com o aluguel de um apartamento. A segunda opção também permite, por exemplo, economizar com alimentação: a ida ao supermercado já garante café da manhã e jantar.

    Em alguns destinos turísticos, é possível comprar, com desconto, bilhetes para os passeios mais concorridos se o turista optar por vários deles, em vez de um só.

    Na Disney, nos EUA, por exemplo, a entrada para parques fica mais barata se o viajante decide visitar quatro deles, em vez de três.

    BAIXA TEMPORADA

    Em vez de viajar na alta temporada, vale cotar a mesma viagem em meses menos procurados por turistas, ressalta Eid. E, se não der para viajar para o exterior, refaça os planos e procure um destino nacional.

    Na hora de fazer a poupança para a futura viagem, é importante engajar a família inteira, diz o planejador financeiro Roberto Costa Agi.

    "Todos têm de cortar gastos juntos. O filho precisa entender que não poderá ganhar um presente fora de ocasiões especiais para poder viajar no fim do ano", diz.

    Uma última dica do planejador financeiro se refere ao parcelamento das despesas. "Tem que ver se esse valor não vai comprometer o orçamento mais para frente, se houver um imprevisto financeiro", diz.

    O parcelamento, porém, pode ser também uma espécie de proteção para o cliente que ficar insatisfeito se as condições oferecidas forem diferentes das reais.

    Embora parcelar possa ser uma alternativa, tomar crédito para viajar não é uma boa ideia, afirma William Eid, da FGV.

    "Quando a gente enfrenta uma crise como a atual, não fazemos dívida, e sim reduzimos dívida. A chance de perder o emprego é muito grande", ressalta.

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