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    Dilma quer incluir mais um aeroporto em pacote de concessão

    NATUZA NERY
    VALDO CRUZ
    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    07/05/2015 02h00

    Em busca de uma agenda positiva, a presidente Dilma Rousseff determinou à sua equipe aumentar de três para quatro o número de aeroportos que vão ser incluídos no novo programa de concessões de serviços públicos para o setor privado.

    A estratégia da presidente é encorpar o programa de privatização do segundo mandato, principalmente com projetos em condições de serem deslanchados imediatamente, para sinalizar que o governo não fala apenas de ajuste fiscal.

    Segundo a Folha apurou, além dos aeroportos já anunciados dentro do programa –Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS)–, um quarto, de Recife (PE) ou Fortaleza (CE), estará na lista da nova fase do plano de concessões do governo Dilma, que deverá ser divulgado nos próximos dias.

    A decisão sobre qual será o quarto da lista, segundo assessores presidenciais, vai depender de negociações que a companhia aérea TAM está fazendo com Estados do Nordeste para criar na região um ponto de distribuição de conexões nacionais e voos internacionais, chamado tecnicamente de hub.

    PERNAMBUCO OU CEARÁ

    A TAM negocia, preferencialmente com os governos de Pernambuco e Ceará, quem pode oferecer maiores vantagens para a instalação do hub no Nordeste.

    arte

    Técnicos disseram que Pernambuco aparece como favorito na disputa.

    Inicialmente, Dilma queria adicionar três aeroportos nesta fase do plano, mas poderia levar à demora no anúncio do programa e ainda falta de eventuais interessados. Agora, sua orientação é para incluir pelo menos mais um.

    Em relação aos três leilões já certos, o governo cogita incluir na concessão do de Porto Alegre a construção de um novo aeroporto no Rio Grande do Sul.

    Pelo modelo em estudo, o vencedor do leilão ganharia o direito de construir um novo aeroporto em algum outro local da capital.

    A presidente quer anunciar o novo pacote de concessões todo de uma vez, incluindo leilões de aeroportos, rodovias, portos e ferrovias.

    R$ 100 BILHÕES

    Segundo a Folha apurou, o programa em montagem pelo Palácio do Planalto deve prever investimentos em obras num valor superior a R$ 100 bilhões.

    Uma primeira lista feita pelo Ministério do Planejamento trazia um valor de R$ 150 bilhões, mas o valor final dependerá do que a presidente irá aprovar para constar do plano.

    O fechamento do programa tem como principal obstáculo a definição das fontes de financiamento dos projetos de concessão.

    No plano anterior, o BNDES (banco público de fomento) foi o grande financiador dos projetos, mas essa fonte praticamente secou e agora a equipe de Dilma busca novas fontes de recursos no setor privado.

    Nesta quarta-feira (06), a presidente reuniu ministros e presidentes de bancos públicos no Palácio do Planalto para começar a fechar o pacote.

    Segundo a Folha apurou, Dilma pediu um anúncio único, de impacto.

    Mais cedo, durante café da manhã com jornalistas, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse que o pacote de concessões é "a prioridade da agenda da presidente".

    "O governo está trabalhando para que, em breve, Dilma possa anunciar iniciativas importantes de investimento que vão ter muito impacto na nossa infraestrutura."

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