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    Ações da Petrobras sobem mais de 2% após estatal reportar lucro trimestral

    DE SÃO PAULO

    18/05/2015 11h09

    As ações da Petrobras sobem mais de 2% nesta segunda-feira (18) e lideram os ganhos do Ibovespa (principal índice da Bolsa brasileira), refletindo o lucro de R$ 5,33 bilhões registrado pela estatal nos três meses iniciais de 2015, acima da expectativa de cerca de R$ 2,5 bilhões.

    Às 11h08 (de Brasília), os papéis preferenciais da companhia, sem direito a voto, mostravam valorização de 2,06%, para R$ 14,35 cada um. No mesmo horário, os ordinários, com direito a voto, ganhavam 2,92%, para R$ 15,49. Eles chegaram a avançar mais de 4% nos primeiros minutos de negociações nesta segunda.

    A alta da Petrobras, porém, não é suficiente para impedir que o Ibovespa opere no vermelho. O índice recuava 0,42%, às 11h08, para 57.010 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 900 mil.

    Analistas avaliaram positivamente os números trimestrais da Petrobras, afetados especialmente por eventos não recorrentes, como a reversão de provisões no valor de R$ 1,295 bilhão referente a perdas do setor elétrico e também a venda de ativos. A relação entre dívida líquida e geração de caixa, porém, continua sendo motivo de cautela, segundo as análises.

    "A dívida líquida segue sendo um problema e não acreditamos que a companhia reporte bom resultado operacional, principalmente, na linha abastecimento, só e somente só, se elevar os preços de combustíveis novamente, pois os preços estão no mesmo patamar dos preços internacionais", escreveu o analista Ricardo Kim, da XP Investimentos, em relatório.

    Neste momento, segundo Mario Mariante, analista da Planner Corretora, o maior motivo de preocupação com a Petrobras é sua situação financeira. "A desvalorização do real, o aumento das taxas internas de juros e a queda dos preços do petróleo, além dos investimentos elevados, estão pressionando fortemente a dívida e os custos financeiros da empresa."

    A equipe de análise da corretora Concórdia lembrou em relatório que a companhia apresentará nas próximas semanas seu programa de investimentos para o quinquênio.

    "Esperamos sinalizações mais claras em relação às expectativas para produção e nível de desembolsos com os projetos, o que pode trazer maior clareza quanto ao horizonte no qual a empresa deverá conviver com níveis mais elevados de alavancagem", afirmaram os analistas Karina Freitas, Daniela Martins e Danilo de Julio. "Por ora, mesmo entendendo que o mercado pode reagir positivamente, no curto prazo, aos números divulgados, seguimos recomendando cautela com as ações."

    DÓLAR EM ALTA

    No mercado cambial, o dólar tinha valorização nesta segunda-feira, com operadores cautelosos com as intervenções do Banco Central. O receio é que a recente baixa da moeda americana possa motivar a autoridade monetária brasileira a reduzir suas atuações, como fez no início deste mês.

    Às 11h15, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha ganho de 0,96% sobre o real, cotado em R$ 3,016 na venda. No mesmo horário o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,63%, para R$ 3,017.

    Nesta segunda, a autoridade monetária brasileira deve rolar para 2016 os vencimentos de 8,1 mil contratos que estão previstos para o início de junho, em um leilão que pode movimentar até US$ 400 milhões. A operação é equivalente à venda futura de dólares.

    Se mantiver esse ritmo até o final de maio, o BC rolará apenas 80% do lote total de contratos de swap com vencimento no início do próximo mês, que corresponde a US$ 9,656 bilhões. Nos meses anteriores, a rolagem estava sendo de 100% dos contratos.

    Folhainvest

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